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INVESTIGAÇÃO

Ministério Público abre procedimento para apurar mortes em ação policial no Complexo da Penha

Operação realizada nesta terça (24) resultou em 22 mortes; maioria seria de suspeitos, segundo a polícia

25 maio 2022 - 07h41Por Redação

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada, instaurou, nesta terça-feira (24), um Procedimento Investigatório Criminal para apurar as circunstâncias das 22 mortes ocorridas durante operação policial realizada no Complexo da Penha, na madrugada desta terça-feira. A ação contou com agentes do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar (Bope), e das Polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF).

O PIC determina que o comando do Bope envie, em um prazo máximo de dez dias, o procedimento de averiguação sumária dos fatos ocorridos durante a operação, ouvindo todos os policiais militares envolvidos e indicando os agentes responsáveis pelas mortes, além de esclarecer sobre a licitude de cada uma das ações letais. Quanto aos agentes federais envolvidos na ação, foi expedido ofício ao Ministério Público Federal (MPF) para ciência dos fatos e a adoção das medidas cabíveis.

Além disso, foi requisitado ao Departamento-Geral de Homicídios e Proteção à Pessoa da Polícia Civil que sejam enviadas informações sobre os inquéritos policiais instaurados para apurar os fatos. A 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada também encaminhou ofício à Delegacia de Homicídios, recomendando que todas as armas dos policiais militares envolvidos na ação sejam apreendidas e enviadas para exame pericial, inclusive comparando com os projéteis que venham a ser retirados das vítimas.

A operação é a segunda mais letal da história do Rio, atrás apenas de outra, realizada na Favela do Jacarezinho, em maio de 2021, que terminou com 28 mortos. Segundo a polícia, entre as 22 vítimas fatais da operação desta terça-feira, 13 eram suspeitos de ligação com o tráfico de drogas. Uma mulher de 41 anos, identificada como Gabrielle Ferreira da Cunha, foi atingida por uma bala perdida dentro de casa. As demais vítimas ainda não foram identificadas.