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Mercado

Preços salgados causam mudanças nos cardápios

Em busca de melhores ofertas, clientes mudam hábitos

12 agosto 2015 - 08h04

FILIPE CARBONE

 

O aumento no preço dos pro­dutos das prateleiras, alinhado às dificuldades financeiras dos consumidores, é a receita perfei­ta para manter os mercados de Cabo Frio vazios. O baixo mo­vimento nos setores e a falta de fila nos caixas são um reflexo da economia dos cabofrienses. Por conta da crise, as antigas com­pras de mês deram lugar a peque­nas compras que são feitas par­cialmente durante todo o mês.

Se antes a qualidade era o prin­cipal fator na hora da escolha, os consumidores agora afirmam que foram obrigados a colocar o pre­ço como prioridade na hora de realizar as compras.

– A falta de perspectiva na melhora da situação faz com que a gente acabe economizando. Não sei qual vai ser o rumo da minha economia, então prefiro dar prioridade para carnes mais baratas. Apesar de preferir carne de boi, estou dando preferência para a carne de frango – afirmou a professora Nilza Soares, 32.

Nilza ainda afirma que, mes­mo sem entender os principais fatores que levaram à sua pre­ocupação, as crianças também deixam de curtir a ida ao mer­cado. Os antigos “quitutes” dão espaço para o essencial.

 

– Eu tento explicar para o meu filho que não posso mais comprar os doces que eu tinha o hábito de comprar, mas é difícil você fazer uma criança entender que esse dinheiro pode fazer fal­ta no final do mês – conclui.

Mesmo sem prática de merca­do, Carlos Alberto Novaes, 56, diz que as reclamações da es­posa em relação aos preços são constantes e ter de improvisar acaba sendo a principal solução.

– Ela havia pedido pra eu comprar cebola roxa, mas custa R$9/kg. Acabei achando melhor comprar a cebola comum, que está R$7/kg. No final do mês essa diferença de R$2 acaba fa­zendo diferença – pondera.