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Falta de água é martírio anual na Região dos Lagos

Há registros do problema em pelo menos dez bairros de Cabo Frio, além de São Pedro, Arraial e Búzios

03 janeiro 2019 - 10h56
Falta de água é martírio anual na Região dos Lagos

Todo verão é a mesma coisa. Os períodos de réveillon e do carnaval costumam trazer transtornos relacionados à prestação de serviços, principalmente um dos mais importantes, que é o fornecimento de água. Nesta passagem de ano a história se repetiu. Um levantamento feito pela Folha aponta que faltou água, ou ainda falta, em pelo menos dez bairros de Cabo Frio. O problema também ocorre em Arraial do Cabo, São Pedro da Aldeia e Armação dos Búzios.

A Prolagos, concessionária responsável pelo fornecimento de água na região, afirma em nota que "não está medindo esforços para minimizar os transtornos no abastecimento de água, em função do aumento da demanda". Apesar de questionada, a concessionária não informa um balanço oficial dos locais atingidos pelo problema. Mas diz que, neste fim de ano, o Centro de Controle Operacional (CCO) registrou 1.251.928 pessoas nos cinco municípios da área de concessão, o que representa 190 mil pessoas a mais em relação ao mesmo período de 2017, quando foram registradas 1.061.487 pessoas. 

- Esta diferença representa, aproximadamente, a população de São Pedro da Aldeia, Arraial do Cabo, Armação dos Búzios e Iguaba Grande juntas. Além da população triplicar, as temperaturas elevadas aumentam consideravelmente o consumo de água - alega a Prolagos.

A turista Maria Aparecida Almeida (na foto com a família), moradora de Juiz de Fora, alugou um apartamento com a família na orla da Praia do Forte está enfrenando o problema.

- Ficar sem água é muito chato, né. O zelador do prédio em que eu estou disse que eles precisaram comprar um caminhão pipa", disse ela.

Sobre o planejamento para a alta temporada, quando tradicionalmente a população cresce com os visitantes que chegam na região, a concessionária garante que tomou medidas operacionais, como manutenções preventivas em todas as unidades – tanto de água, quanto de esgoto – aquisição de geradores e bombas extras para não haver interrupção nos sistemas de tratamento e distribuição, máquinas extras como retroescavadeiras e caminhões para auxiliar os reparos emergenciais, entre outras.
 
- A infraestrutura reforçada não elimina totalmente as ocorrências pontuais. Mesmo operando com carga máxima, com o alto consumo a pressão nas redes diminui, principalmente nos pontos mais elevados, sendo necessário reforçar o abastecimento nas áreas mais impactadas, através de rede ou com carros pipas. A dificuldade de deslocamento, em função do trânsito intenso, é outro desafio - finaliza a Prolagos em nota.