sexta, 26 de abril de 2024
sexta, 26 de abril de 2024
Cabo Frio
25°C
Park Lagos Super banner
Park Lagos beer fest
PRA MATAR A SAUDADE

Na volta dos desfiles, Folha marca presença no Carnaval da Sapucaí

Em sua maioria, escolas de samba apostam em enredos de temática afro e em homenagens a personalidades de suas histórias

17 abril 2022 - 10h40Por Rodrigo Branco

Serão exatos 788 dias de um divórcio forçado, desde que o último componente da Beija-Flor de Nilópolis cruzou a linha final de desfile, na manhã de 25 de fevereiro de 2020, até a sirene tocar para a entrada da Imperatriz Leopoldinense na Marquês de Sapucaí, na noite do próximo dia 22 de abril. Jamais os sambistas ficaram tanto tempo separados do seu palco maior, obrigados por força da pandemia do novo coronavírus, declarada em março daquele ano.

Cancelada em 2021, quando os casos da doença estavam no pico, a festa foi adiada em mais dois meses este ano, até que houvesse o devido controle epidemiológico. O feliz reencontro terá a Folha dos Lagos como testemunha. Pelo quinto ano, o jornal vai fazer a cobertura dos desfiles do Grupo Especial, mais uma vez em conjunto com a Rádio Absoluta AM, de Campos dos Goytacazes (1470 Khz). O repórter Rodrigo Branco vai participar da transmissão, ao lado de André Freitas, Pedro Santoro, Simone Canuto e Preto Jóia.
 
Como nos anos anteriores, a Folha fará uma cobertura em tempo real, por meio do site (www.folhadoslagos.com) e nas suas redes sociais: Facebook e Instagram (@folhadoslagos). Nesta semana, vai ao ar um guia com tudo o que as 12 escolas vão mostrar na Avenida, inclusive as letras dos sambas de enredo. Ao fim de cada noite de apresentações, será publicado um balanço do desfile de cada uma das agremiações. Já na edição impressa, que estará nas bancas no próximo dia 29, o leitor terá um resumo de tudo o que aconteceu nos desfiles da elite do Carnaval carioca.

Identidade  Por causa do grande tempo de preparação até o retorno à Passarela do Samba, a expectativa é que haja um grande equilíbrio entre as escolas, fato já observado nos ensaios técnicos realizados nas últimas semanas. Ao todo, vão desfilar 12 escolas divididas em duas noites de apresentações: sexta-feira, 22 de abril, e sábado, 23 de abril.

Na sexta (22), a primeira a desfilar será a Imperatriz Leopoldinense, a partir das 22h, seguida da Estação Primeira de Mangueira; dos Acadêmicos do Salgueiro; da São Clemente; e da atual campeã Unidos do Viradouro. A Beija-Flor encerra a primeira noite de apresentações. No sábado (23), também a partir das 22h, se apresentam Paraíso do Tuiuti; Portela; Mocidade Independente de Padre Miguel; Unidos da Tijuca; Acadêmicos do Grande Rio e Unidos de Vila Isabel.

No Carnaval da retomada, as escolas prometem dar um show de beleza, mas também de ancestralidade com enredos ligados à temáticas de matriz africana ou a baluartes representativos de suas histórias. Nesse último caso, estão Mangueira, que vai falar de seu compositor maior Cartola, do intérprete Jamelão; e do histórico mestre-sala Delegado. A Imperatriz abrirá os desfiles, com um enredo sobre o carnavalesco Arlindo Rodrigues, enquanto a Vila fecha os trabalhos, exaltando seu poeta maior, Martinho da Vila.

A luta antirracista, a exaltação da cultura negra e as diversas formas de resistência contra a opressão serão destaques do Salgueiro, da Portela, da Beija-Flor e do Tuiuti. Mocidade e Grande Rio vão cantar a força de dois orixás: Oxóssi e Exu, respectivamente.

Fora da temática afro, mas também de grande relevância cultural são os enredos da São Clemente, que homenageia o humorista Paulo Gustavo; da Tijuca, que traz uma lenda indígena sobre a origem do guaraná; e a campeã Viradouro, que vai defender o título, com um tratado de amor ao Carnaval, ao lembrar a folia de 1919, a primeira depois da epidemia de gripe espanhola, que assolou o planeta no ano anterior, numa alusão ao momento vivido atualmente pela Humanidade.