A humanidade tem vivido o refrigério da ressurreição, mas não cansa de crucificar Aquele que tão alto preço pagou. Somos a geração dos que ouviram falar. Geração que aprecia uma boa contação de histórias. Crescemos conhecendo um homem que por amor se fez sacrifício vivo. Homem de dores que ressuscitou ao terceiro dia. A pergunta é:

- Mantemos este homem vivo em nós? De fato entendemos o valor do sacrifício? O que nos foi pedido para validar em nossos dias a Sua essência? Amar a Deus sobre todas as coisas, e ao nosso próximo, como a nós mesmos. O que temos feito? Jamais se viu tanto suicídio, como nos últimos tempos. Não falo da ausência da própria vida, mas da ausência de sonhos, perspectivas, ausência dos sentimentos bons que Jesus desejou para a humanidade. Suicídio emocional. Na contramão anda a humanidade. Uma vez mais, Páscoa! Uma vez mais, ressurreição!

Diferente dos anos anteriores, quando o cenário em milhares de famílias era de chocolate, troca, almoço, comemoração, temos assistido o silêncio. Sim, há silêncio no ar. Há choro por perdas, há solidária tristeza, há luto, fato! Não há como afirmar que de hoje até domingo, o cenário mudará. Mas há uma esperança. Quando Jesus retornou ao Pai, deixou seu Espírito Santo para nos consolar. Há uma presença que nos garante que não estamos sozinhos. Alguém que sorri com você também intercede com lágrimas por você. Detalhe, intercede com gemidos inexprimíveis. Vale lembrar que temos o dia de hoje, não dominamos o porvir. Hoje é tempo de entender que temos o privilégio de compartilhar sabedoria, vida, amor. Temos a chance de validar o sacrifício, entendo que foi por nós, por muito nos amar. Em resposta, amemos, sejamos recíprocos ao mínimo sinal de compaixão. Sejamos empáticos, solidários e verdadeiros. Lembremos todos os instantes, de que temos esta vida para validar a verdadeira essência da ressurreição. Alguém nos amou primeiro. Sigamos em amor! Bom dia, Região dos Lagos! Tenhamos uma boa Páscoa. Afetuoso abraço.