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OPINIÃO

A juventude no governo Adriano

14 novembro 2019 - 21h13Por Redação
A juventude no governo Adriano

Há algo a se elogiar na gestão de Adriano Moreno à frente da prefeitura de Cabo Frio. Dois jovens estão em posições estratégicas no governo. São eles: o vice-prefeito Felipe Monteiro e o superintendente de Eventos, Clóvis Barbosa. Mas há muito o que se ponderar nas atitudes – ou na falta delas – dessas duas promessas do cenário político de Cabo Frio. Vejamos bem. Nos últimos dias, os dois entraram em rota de colisão. Felipe, que criticou a realização de eventos num momento de crise financeira, chamou Clóvis de criança. Clóvis rebateu. Disse que Felipe, o vice-prefeito mais novo do Brasil, caiu em contradição justamente por não valorizar o trabalho de um jovem como ele.

Quem tem a razão? Os dois. E nenhum dos dois.  

De um lado, Clóvis  precisa ter a consciência de uma realidade translúcida: o cancelamento dos shows em pleno aniversário de Cabo Frio foi de um constrangimento galopante. Mas o pior não foi isso. O superintendente, sempre solícito à imprensa em assuntos oportunos, como eventos bem-sucedidos realizados na cidade, desta vez simplesmente ignorou as ligações da reportagem da Folha. Uma coisa precisa ser dita: não basta ser jovem; é preciso ter postura de gente grande. Ignorar as ligações da reportagem mostra não apenas o desprezo com o trabalho jornalístico, mas indica a falta de coragem de colocar a cara a tapa em um momento que não é favorável.

De outro lado, Felipe Monteiro decidiu fincar posição. Isso é muito louvável. Só que veio tarde, muito tarde. O governo já saiu dos trilhos há muito tempo. E o vice-prefeito mantinha um silêncio questionável. Ele precisa saber que, também, errou. Já que não quer trair Adriano, o que é uma demonstração de caráter, Felipe Monteiro precisa, ao menos, ser mais incisivo. Afinal, quem são as hienas, citadas por ele, que cercam o prefeito? Quais são os verdadeiros problemas do governo? E, por fim, por que tudo isso não mereceu um posicionamento mais categórico até o momento? 

Que as lições sejam aprendidas. Errar é inerente ao crescimento. Mas a teimosia com o erro é, sim, coisa de criança.