Do rap ao forró, quais as identidades sonoras e periféricas de Cabo Frio? O músico, arranjador e produtor musical Danniel Coelho deu a resposta com o projeto Música Periférica Cabofriense (MPC), lançado na sexta-feira (7).
No EP, músicos periféricos da cidade têm faixas autorais produzidas por Danniel, com características genuinamente cabo-frienses. Os artistas participantes são Luan Estevão (rapper com influência em matrizes africanas), Fabrício Martins (violinista com foco em Música Popular) e Ulisses Rabelo (cantor e compositor que exalta a essência da Cultura Caiçara).
Segundo Danniel, o projeto nasceu ao observar que "as vozes periféricas foram caladas durante anos por não terem oportunização dos seus talentos e nem os recursos necessários para o desenvolvimento das suas habilidades artísticas".
"O conceito de arte, principalmente nos municípios interioranos, ficou engessado em certos formatos que valorizam apenas o tradicional e tem grande dificuldade de aceitação de múltiplas linguagens. Esse projeto vem para ampliar as vozes marginalizadas e permitir que o acesso de novas formas de expressão possa ecoar no município e trazer novos desdobramentos para a construção sociocultural", explica.
