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Coluna

Atleta também é humano

05 setembro 2024 - 15h49

No ano de 490 a. C. os gregos, mesmo em menor número, superaram os persas numa batalha na cidade de Maratona. Lenda ou não, conta-se que após a vitória um general helênico ordenou a Fidípides que fosse até Atenas contar a boa notícia e alegrar o povo. O problema era que além de Fidípides ter ido correndo, a distância entre as duas cidades era de 42 KM. Ainda assim, ele conseguiu. Chegou, comunicou o triunfo, e logo em seguida caiu morto.

Semana passada, pela Copa Libertadores da América, se enfrentavam São Paulo X Nacional-URU. O jogo eliminatório seguia normalmente acirrado dentro do âmbito esportivo, até que o zagueiro uruguaio Izquierdo, de 27 anos, cambaleou sozinho e tombou no gramado. A cena é trágica!

O atleta foi acometido por um mal súbito devido a uma arritmia cardíaca. Seu cérebro não recebeu a oxigenação necessária e as complicações foram graves. Internado num hospital em São Paulo o quadro de saúde de Izquierdo segue delicado.

 Embora preparados para sua condição, os atletas trabalham no limite de sua capacidade, tantas vezes até a ultrapassam. O caso de Izquierdo pode ser genético, devido a estresse ou até mesmo desidratação. E foi justamente a tragédia que fez todos olharem para o atleta como ele realmente é: um ser humano.

Como no futebol as cifras sobem sem limite, o atleta virou uma máquina que só pode parar quando estoura. Mas quem ganha com isso também deve ser responsabilizado diante das tragédias.

Sejam generais ou empresários, e agora, quem vai pagar a conta?