Zé teve desempenho avassalador no primeiro distrito - Crédito: DivulgaçãoJosé Bonifácio Ferreira Novellino (PDT) será o prefeito de Cabo Frio pelos próximos quatro anos. Com 100% das urnas apuradas, o político de 75 anos teve 44.947 votos, o que representa 44,75 % dos votos válidos. Com isso, Zé comandará o município pela terceira vez.
O candidato Serginho Azevedo (Republicanos) ficou na segunda colocação, com 33.920 votos, o que representa 33,77 % dos votos válidos. Marquinho Mendes (MDB), cuja candidatura foi impugnada pela Justiça Eleitoral em primeira instância, ficou na terceira colocação, com 8.928 votos, o que significa 8,89 % dos votos válidos.
Capitão Diogo (PSDB) teve 3.753 votos, com 3,74 % dos votos válidos; ao passo que Rodrigo Gurgel (PSL) teve 3.486 votos, o que significa 3,47 % dos votos válidos. Em busca da reeleição, o atual prefeito Adriano Moreno (DEM) ficou em uma modesta sétima colocação, com 1.231 votos, que representa 1,23 % dos votos válidos.
A lista completa tem ainda Cris Fernandes (PSD), com 1.830 votos (1,82 % dos votos válidos); Dirlei Pereira (PTC), com 836 votos (0,83 % dos votos válidos); Anderson Macleyves (PMN), com 583 votos (0,58 % dos votos válidos); Professor Betinho (PSOL), com 562 votos (0,56 % dos votos válidos) e Fernando de Oliveira (UP), com 356 votos (0,35 % dos votos válidos).
Vantagem esmagadora na região central; vitória confirmada na periferia
Desde que os primeiros resultados começaram a sair, Zé construiu uma vantagem considerável, sobretudo na região central da cidade, incluindo bairros como Guarani, Vila Nova, Braga, São Cristóvão e Jardim Caiçara. Em algumas seções, a votação do pedetista foi o triplo da obtida pelo principal adversário, doutor Serginho.
A vitória começou a se consolidar com os votos do Jardim Esperança e de Tamoios, onde o resultado foi mais equilibrado, o que inviabilizou uma virada do candidato dos Republicanos.
‘Renascimento’ em 2018 na campanha para o Senado
O economista José Bonifácio Ferreira Novellino tem 75 anos e uma longa trajetória política. Em Cabo Frio, foi eleito vereador em 1972. Quatro anos depois, foi eleito prefeito pela primeira vez, com mandato entre 1977 e 1983.
Em 1992, foi eleito pela segunda vez e exerceu o mandato entre 1993 e 1996. Em 2000, após perder as eleições para o eterno rival Alair Corrêa, chegou a ser dado como ‘sepultado politicamente’. Transitou pela política de Arraial e foi eleito vice–prefeito de Henrique Melman, em 2004, mas no ano seguinte assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa (Alerj), após ter sido eleito como suplente em 2002.
Ao longo dos anos, ocupou outros cargos públicos, como a direção do Procon estadual e da Federação de Pesca (Fiperj). Também se dedicou internamente ao partido, onde é vice-presidente estadual.
A fase burocrata cobrou seu preço. Em 2016, teve votação irrisória na eleição para prefeito de Arraial, num longínquo terceiro lugar. No entanto, dois anos depois, a ‘ressurreição’. Com votação surpreendente (313.265 votos) para o Senado Federal, Zé se cacifou politicamente e renovou seu eleitorado.
O movimento, ao que tudo indica, foi fundamental para a vitória em 2020.
