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Contra a crise, planejar e criar podem ser a saída

Capacitação auxilia a desenvolver habilidades

05 agosto 2015 - 08h06

Nicia Carvalho

 

Em tempos de crise, há duas alternativas: lamentar a má fase, que no atual momento é nacio­nal, ou arregaçar as mangas e tentar usar da criatividade para transformar o que é ruim em oportunidade de desenvolvimen­to. Um bom planejamento, que pode ser conquistado através de cursos de capacitação e aperfei­çoamento, como o Empretec do Sebrae/RJ, pode potencializar, e muito, as chances de sucesso. E estas foram as premissas segui­das por quatro empresários de Cabo Frio, que viram na crise uma chance de rever o próprio negócio.

– Estamos em uma época de crise em que o empresário preci­sa saber muito como se adequar a ela para não deixar o cliente perder o vínculo com a empresa. O mundo virtual hoje também é a chave do negócio já que pode­mos ter a loja na palma da mão do cliente. Já o treinamento es­pecífico fez eu enxergar coisas que estavam todo dia do meu lado e eu não percebia. Saí do curso com vontade absurda de vencer todos os obstáculos – contou Eduardo Machado, pro­prietário da loja de surfwear 900 Graus e que atua há treze anos no segmento.

O estabelecimento de metas “mais realistas” foi o ponto prin­cipal na tentativa de driblar a cri­se, de acordo com o contabilista e consultor Edmilson Martins, que atua há mais de duas déca­das na cidade. Segundo ele, após o direcionamento adquirido com o curso, a cerca de dez anos, a empresa vem alcançando cresci­mento de 20% ao ano.

– Uma empresa que preza pela tradição e conformismo está fadada à falência. Por isso­criar metas realistas por escrito e estruturadas num planejamen­to de curto, médio e longo pra­zo com monitoramento cons­tante, me fez conseguir atingir 100% das metas programadas. Antes eu não fazia isso, e nunca

 conseguia os resultados que esperava. Ressalto também a necessidade da criação de um excelente network (rede de re­lacionamentos profissionais) porque sem isso a empresa não tem nada – ensinou.

E desafio foi a palavra-chave que motivou o empresário Ri­cardo Guadagnin a se reinventar e não ficar refém de crises, seja política ou econônica.

– A decisão de montarmos nossa própria fábrica em Cabo Frio veio por conta da dificul­dade de atender o cliente como gostaríamos. Encurtamos pra­zos, de 45 para 10 dias úteis, assim como a personalização do móvel conforme as necessidades do cliente. Foi um ganho para a empresa e a oportunidade de participar do Empretec, me fez perceber que o destino das nos­sas ações está nas atitudes em como enfrentar estes desafios: com preparação, planejamento, ação e entusiasmo – definiu.

Há ainda quem consiga apro­veitar os tempos de crise como ponte para expansão. Recém-i­naugurada, a mais nova filial da loja de conveniências Hiperdoce ocupa desde a última semana um espaço maior e mais moder­no na Avenida Teixeira e Souza, no Centro, depois que o antigo locatário entregou as chaves do imóvel. Antes, ficava numa loja menor na Rua José Watzl Filho, também na área central. Apesar de tudo, o empresário Khristian Huback, 43, proprietário da em­presa, que tem 17 anos de funda­ção e filiais em Araruama e Sa­quarema, nega que a empreitada seja fruto de ousadia e arrojo. Para ele, o que houve mesmo foi muito planejamento.

– Crise é momento de opor­tunidade. Não somos aventu­reiros. Somos pequenos, mas temos práticas de empresas grandes. Temos um setor de RH, fazemos treinamentos. O brasileiro tem que entender que tudo é cíclico; tem altos e bai­xos. E tanto na alta temporada como na baixa, é preciso prezar pela excelência – ensinou.

 

*Leia a matéria completa na edição impressa desta quarta (5)