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Conheça o trabalho dos jornalistas que venceram o 4º Prêmio Prolagos de Jornalismo pela Folha

Desde que foi lançado, em 2018, Folha dos Lagos coleciona 14 troféus em três das seis categorias

11 dezembro 2022 - 15h00Por Redação

A Folha dos Lagos foi a grande vencedora do quarto Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, que tem como objetivo estimular a produção de conteúdo sobre saneamento básico. A premiação aconteceu na última quinta-feira (8), em Cabo Frio. Do total de 11 troféus desta edição, a Folha conquistou cinco em três das seis categorias: primeiro lugar em fotojornalismo, jornalismo impresso e webjornalismo; e segundo lugar nas duas primeiras categorias. As outras categorias do prêmio são radiojornalismo, telejornalismo e jornalismo universitário. Desde 2018, quando o concurso foi lançado pela Prolagos, a Folha acumula um total de 14 prêmios. 

 


Primeiro lugar na categoria fotojornalismo no 4º Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental, Téo Arrabal ganhou o concurso com a foto “Solitude da laguna em defeso”. A imagem foi publicada no site da Folha dos Lagos no último dia 2 de agosto, ilustrando uma reportagem que falava sobre o início da fiscalização do defeso total na Lagoa de Araruama. Na foto, Téo captou, de forma poética, um belo pôr do sol na Praia do Siqueira, em Cabo Frio.
 
— A foto foi feita no inverno, que é a melhor estação pra pegar bons ângulos do pôr do sol. Aproveitei o reflexo do sol e do barco na laguna para pegar um ótimo clique. De todas as fotos que fiz, e que representavam a calmaria do defeso na Praia do Siqueira, essa foi a que beirou a perfeição em todos os sentidos — contou Téo, que é formado em jornalismo há 10 anos.
 
A fotógrafa Mariana Ricci também recebeu o prêmio de fotojornalismo pela Folha, e desta vez pelo terceira vez consecutiva: em 2019, no segundo ano do concurso, ela ficou em segundo lugar; em 2021, na terceira edição, ela ficou primeiro lugar; e este ano, na quarta edição, ela ficou em segundo lugar com a foto “Pescado da Lagoa de Araruama é preferência na culinária regional”. Nas imagens, Mariana captou de forma artística o trabalho dos pescadores artesanais na maior lagoa hipersalina do mundo.

— Inscrevi todas as fotos que ilustraram uma matéria da Folha, e a premiada foi a que abriu. Eu queria um ângulo diferente da Laguna. Resolvi então ir ali pra perto da Ponta do Ambrósio e ver o pôr do sol. Foi perfeito. Fiz na verdade um ensaio no local e o resultado ficou incrível — explicou Mariana, que trabalha com jornalismo há 14 anos. — Comecei na Folha dos Lagos, onde Cabral (Moacir, fundador do jornal) me ensinou muita coisa. Foi uma escola incrível.
 
A foto de Mariana foi publicada numa das edições impressas da Folha que circulou no mês de outubro. Ela ilustrou a reportagem da jornalista Jéssica Borges, com título de “Do saneamento à gastronomia: pescado da Lagoa de Araruama é preferência na culinária regional”, e que ficou em segundo lugar na categoria jornalismo impresso (ano passado Jéssica também havia ficado em segundo lugar, na mesma categoria, representando a Folha). Na reportagem, Jéssica mostrou a importância do processo de recuperação da lagoa, que fornece a base da rica gastronomia regional, composta por camarões e diversos tipos de peixes.

- Meu desejo era escrever mais uma vez sobre a Lagoa de Araruama, mas queria algo que fosse criativo e peculiar. Lembrei que minha avó sempre recebia suas visitas com um belo prato de tainha com camarão da lagoa, e fazia questão de enaltecer a origem do prato. Com esse estalo, comecei a apurar o assunto e, sem espanto, constatei a unanimidade pelo sabor dos nossos peixes e camarões. Acredito que a conscientização ambiental acontece através de conhecimento e identificação. Nós, como jornalistas, temos o dever de gerar conteúdos que valorizem os nossos ecossistemas, promovam reflexão e aproximem a população com seus bens culturais, ambientais e históricos. A gastronomia consegue unir esses três pilares e, por isso, foi tema da reportagem juntamente com o grande potencial culinário da Lagoa de Araruama - revelou a jornalista.
 
Na categoria jornalismo impresso, a Folha conquistou o primeiro lugar também, com a reportagem “Laguna de Araruama em prosa, verso e produção científica”, de Lorena Brites, publicada na edição impressa de 14 a 20 de outubro. Na matéria, a jornalista mostrou como a lagoa está presente na história da região (desde a passagem do navegador Américo Vespúcio por volta de 1503), servindo de inspiração para versos do poeta Victorino Carriço, e até mesmo para algumas recentes pesquisas científicas.
 
— O Rodrigo (Cabral, editor da Folha dos Lagos) me trouxe uma proposta bem diferente, com a qual me identifiquei muito: juntar literatura e preservação ambiental. E aí fui atrás dos personagens, que são pessoas aqui da região, de diferentes áreas, e que possuem trabalhos publicados sobre a lagoa, desde área técnica até a infantil. E pra mim foi muito fácil falar desse tema porqu,e além de jornalista (me formei em 2014 pela Universidade Veiga de Almeida), também sou escritora, com dois livros de poesia publicados. Então, pra mim, sempre muito fácil escrever matérias mais voltadas ao viés cultural. 
 
A reportagem “A lagoa vive: pescador captura perumbeba gigante em São Pedro da Aldeia” , da jornalista Fernanda Carriço, levou o primeiro lugar na categoria webjornalismo. Ela foi publicada no site da Folha dos Lagos no último dia 31 de outubro, e conta a história de Seu Jarlei Rodrigues, um pescador aldeense que fisgou, nas águas da Lagoa de Araruama, uma perumbeba de 29 quilos.
 
—  Foi a primeira vez que participei do prêmio, e fiz isso até com incentivo do Rodrigo Cabral. E aí consegui chegar até o filho de um pescador que me contou o relato desse peixe gigante, que o pai dele tinha conseguido pescar na Lagoa de Araruama. Fui conversar com ele pessoalmente, à moda antiga, com bloquinho de papel e caneta. E foi muito legal porque foi um processo de redescobrimento do jornalismo pra mim. Comecei na profissão na Folha dos Lagos há quase 30 anos, mas há muito tempo eu não fazia uma matéria assim. Acho que o maior prêmio que eu ganhei, na verdade, foi esse meu reencontro com o jornalismo. E o mais legal é que eu ia fazer a matéria com foco na gastronomia, mas as matérias são vivas, a gente não controla as histórias. Então tive que mudar tudo porque percebi que o foco da história era outro, era a pesca da perumbeba gigante — revelou Fernanda é pós graduada em jornalismo gastronômico e autora do livro Sabor & Prosa, da Sophia Editora, que reúne crônicas e culinária.
 
 Confira a premiação da Folha em todas as edições do Prêmio Prolagos de Jornalismo Ambiental:
 
2018 -  1º PRÊMIO PROLAGOS DE JORNALISMO AMBIENTAL 
1º Lugar fotojornalismo: Thiago Freitas 
2º Lugar jornalismo impresso: Rodrigo Cabral
2º Lugar webjornalismo:  Rodrigo Cabral
2º Lugar fotojornalismo:  Rodrigo Cabral
 
2019 -  2º PRÊMIO PROLAGOS DE JORNALISMO AMBIENTAL 
1º lugar jornalismo impresso: Rodrigo Cabral
2ª lugar jornalismo impresso: Tomás Baggio
2º lugar fotojornalismo: Mariana Ricci 
 
2021 - 3º PRÊMIO PROLAGOS DE JORNALISMO AMBIENTAL 
1º Lugar fotojornalismo: Mariana Ricci 
2º Lugar jornalismo impresso: Jéssica Borges 
 
2022 - 4º PRÊMIO PROLAGOS DE JORNALISMO AMBIENTAL 
1º Lugar fotojornalismo: Téo Arrabal
2º Lugar fotojornalismo:  Mariana Ricci 
1º Lugar jornalismo impresso: Lorena Brites
2º Lugar jornalismo impresso: Jéssica Borges 
1º Lugar webjornalismo: Fernanda Carriço