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Coluna

Turismo: Teoria e Prática

Há muitas nuances e alguns descaminhos quando o assunto é turismo. Por de trás da expressão tão conhecida que indica a possibilidade de viver dos seus dividendos, existe uma cadeia de conhecimento e boas práticas que podemos considerar indispensáveis. O c

20 agosto 2019 - 17h59
Há muitas nuances e alguns descaminhos quando o assunto é turismo. Por de trás da expressão tão conhecida que indica a possibilidade de viver dos seus dividendos, existe uma cadeia de conhecimento e boas práticas que podemos considerar indispensáveis. O contrário dessa perspectiva nos leva a um terreno escorregadio, o de acreditarmos que qualquer coisa pode ser chamada de “turística”.
 
Simplificando um pouco o assunto, há pelo menos dois entendimentos indispensáveis para os que desejam pensar a atividade de modo profissional. O primeiro diz respeito ao destino. A organização de um destino não é, sobremaneira, uma tarefa simples. Ao contrário! Ela se caracteriza pela capacidade de entrega de todos (ou quase todos...) os elementos destacados como requisitos básicos para o bom funcionamento do mesmo. Ou seja, para o planejador são necessários estudos e dados indispensáveis que contenham temas como o mapeamento das áreas potenciais, a capacidade de carga (ou seja, o número estimado de ocupação do espaço), sinalização, acessibilidade, sustentabilidade e garantia de oferta dos serviços básicos fundamentais na atividade como energia, água, saneamento e segurança (aqui inclusa a saúde e a proteção da vida).
 
Com todos esses requisitos na esteira, o segundo passo, concomitante ao primeiro, é a preparação do produto turístico. Uma enorme vantagem competitiva nessa atividade é que a expressão “turístico” comporta uma grande variedade de produtos e prestação de serviços, direta ou indiretamente ligados a construção do grande objetivo final: A experiência do turista. 
 
Apesar de a teoria ser bastante clara, a prática se mostra bastante desafiadora. Entretanto, as recentes crises causadas pela flutuação de commodities como o petróleo fez virar os holofotes para a atividade turística que, para a surpresa de muitos, vem apresentando índices estatísticos de crescimento no Brasil e no mundo, contribuindo de modo cada vez mais abrangente para a robustez do Produto Interno Bruto.
 
O Rio de Janeiro vem se destacando como um exemplo dessa mudança de perspectiva. Talvez o passado cosmopolita já traga o DNA turístico mais aflorado. É importante destacar que as ações voltadas para o fortalecimento da regionalização já vem surtindo efeitos bastante consistentes e uma dessas demonstrações é o retorno do Salão Estadual do Turismo. Além dessas iniciativas, há um alinhamento retórico e fático por parte do Poder Público e da iniciativa privada para a construção de soluções compartilhadas.
 
Assim, a organização do destino e a formação de produtos deixam de ser iniciativas isoladas e complementares e se preparam para o papel de protagonistas principais do desenvolvimento econômico e social, tão necessários nos dias atuais.