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Coluna

Precisamos falar sobre atividade física e saúde mental na pandemia

28 abril 2021 - 15h23

Apesar das palavras físico e mental indicarem duas estruturas diferentes, não se pode esquecer que elas fazem parte de um mesmo corpo. Isso significa que qualquer cuidado para manter a saúde geral sempre – eu disse sempre! – vai beneficiar o corpo e jamais apenas uma dessas estruturas.

Neste segundo ano de pandemia, os efeitos do isolamento continuam afetando os corpos das pessoas de muitas maneiras e motivos diferentes. Dentre todos esses efeitos, é preciso fazer um recorte sobre aqueles que interpretam o afastamento social como um regime de privação de cuidados com o corpo. Previne-se de um vírus correndo o risco de adquirir diversas doenças silenciosas, mas ninguém disse que tem que ser assim. 

Mais do que nunca, manter o corpo ativo com atividade física e acompanhamento psicológico se tornou crucial. Não por acaso, a busca por termos relacionados a saúde mental cresceu exponencialmente no primeiro mês de pandemia, segundo o Google Trends, e manteve altos índices de busca desde então. No entanto, isso não significa que essas buscas se reverteram em acompanhamentos, e, com a licença para uma generalização, é possível ver, nas redes sociais, a urgência de recursos psicológicos para lidar com a complexidade desse momento. 

No que se refere às práticas de atividade física, aliás, um levantamento realizado por um aplicativo de esportes chamado ‘Strava’ demonstrou que os brasileiros realizaram mais exercício em 2020. Além da plataforma ter aumentado sua base de usuários com 2 milhões de downloads neste período, o relatório indicou que mais brasileiros fizeram exercícios e em uma frequência maior do que o período pré-pandemia. Esses dados deflagram que muitos se adaptaram às restrições para manter o hábito de se exercitar. Quando realizado com segurança, o cenário que envolve o aumento de atividade física é extremamente positivo para atravessar a pandemia, afinal, isolamento é estar sozinho, não parado. 

É importante refletir sobre a forma como se mantem os hábitos de cuidado do corpo e da mente. Para os pacientes da psicologia, o atendimento online é um recurso que se mostrou viável e que veio para ficar, apesar de não cobrir a parcela sem internet ou espaço privado. Já a atividade física depende diretamente do distanciamento e da higienização, sendo mais seguro se realizado em casa. Porém, se for necessário sair, a preferência pode ser pelos esportes individuais e ao ar livre, mas sem aglomeração. Procurar rotas alternativas de caminhadas, saindo dos roteiros mais utilizados pelos praticantes, parece ser a melhor solução.