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Coluna

Novas Tendências

É comum escutarmos entre as pessoas o argumento de que se faz necessária uma renovação política. Entretanto, o senso comum apenas arranha a superfície da questão quando limita a solução ao surgimento de carinhas novas. É relativo. As vezes os cachorros no

19 setembro 2015 - 13h53

É comum escutarmos entre as pessoas o argumento de que se faz necessária uma renovação política. Entretanto, o senso comum apenas arranha a superfície da questão quando limita a solução ao surgimento de carinhas novas. É relativo. As vezes os cachorros novos foram adestrados com velhos truques. No meu entender uma perspectiva mais interessante ao momento seria o surgimento de uma nova tendência.

Se conseguirmos constituir uma nova tendência na política, a começar pelo mais próximo, estaremos criando espaços e oportunidades para que pessoas novas e conhecidas possam contribuir. Assim, não nos doamos a aventureiros e nem louvamos o novo pelo novo, mas começamos a olhar para méritos, idéias e capacidade de contribuição. Qualquer grupo político que almeja certa longevidade sabe que não deve prescindir tanto da renovação verdadeira quanto do aproveitamento das capacidades existentes.

Uma nova tendência não se resume a um plano de poder. Até porque a conquista do poder está no cerne do processo eleitoral; Já a tendência responde a algo maior, a um projeto político. Quando planos de poder não se sustentam em projetos políticos, sobra pouco para população e menos ainda nos cofres públicos. Nas eleições que se aproximam não deveríamos buscar vestais, anjos caídos ou nos misturarmos na massa que vai na batedeira dos simplórios ataques e defesas. Deveríamos construir pontes, unir forças, realizar primeiro o necessário, depois o possível, e coroarmos esse ciclo virtuoso com o inédito. Menos reis, mais realidade.

Essa nova tendência, de fato, precisa pensar em rede. Assim, as soluções deixam de ser pirotécnicas e passam ao plano da efetividade. Nela, podemos pensar no que pode sustentar o hoje e o amanhã, garantindo tudo o que o cidadão precisa - sobretudo o menos assistido - e que só o Poder Público pode dar. Aliás, precisamos partir da premissa de que nada é dado. A riqueza que hoje sorri para poucos se faz ausente no rosto de muitos. É preciso e urgente refazer caminhos, reescrever a história, ousar fazer o que é certo.

Claro que ela será duramente combatida. Pessoas serão perseguidas, humilhadas, aviltadas, massacradas, levadas ao desespero. Outras serão subornadas, vendidas e compradas... Ou mesmo se venderão de bom grado no mercado das urnas. Nada disso será novidade.
Nova mesmo é a oportunidade. E ela nem sempre costuma dar as caras.