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Coluna

Economia do estado do Rio respira otimismo que vem do interior

07 junho 2024 - 10h49

Segunda maior economia do país, o Estado do Rio, enfim, retoma o clima de esperança para recuperar as grandes perdas dos últimos anos, principalmente por força do impacto da epidemia da Covid. Melhor ainda: as motivações de otimismo estão no interior fluminense, com a retomada das obras do Comperj, em Itaboraí, a expansão exploratória na Bacia de Campos, e os elevados investimentos no Porto do Açu, principalmente com os investimentos na Ferrovia Transcontinental, ligando o Porto do Açu a Boqueirão da Esperança, no Acre, mas com extensão até o Peru, ou seja ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. 

Itaboraí - As obras do chamado Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), em Itaboraí, estão paradas há nove anos, mas a retomada dos investimentos estão em rápido processo, A Petrobras já lançou o processo de licitação pública para contratação das empresas que vão realizar as obras de conclusão das unidades operacionais.

A retomada do complexo, com redimensionamento do projeto, faz parte do Plano Estratégico 2024-2028 da Petrobrás, que compreende US$ 102 bilhões de investimentos. De acordo com o plano, o setor de refino, que o Gaslub (novo nome do Comperj) integra, receberá aportes de US$ 17 bilhões. 

É a segunda área que mais receberá recursos, perdendo apenas para exploração e produção, que terá US$ 73 bilhões.

Já na fase de obras o impacto na b economia fluminense será grande, com repercussão imediata no desenvolvimento dos municípios próximos, como os da Região dos Lagos.

A nova fase do Polo Gaslub está alinhada à estratégia da Petrobras de modernizar o parque de refino e oferecer ao mercado produtos com alto valor agregado. Entre outros produtos, o polo irá produzir lubrificantes grupo II que utiliza como matéria-prima cargas de gasóleo da Refinaria Duque de Caxias (Reduc), que serão movimentadas via duto. O conjunto de unidades terá capacidade aproximada para produzir 12 mil barris por dia (bpd) de óleos lubrificantes de Grupo II, além de 75 mil bpd de diesel S-10 e 20 mil bpd de querosene de aviação (QAV-1), de baixo teor de enxofre. 

BACIA DE CAMPOS - A Petrobrás está intensificando seus trabalhos exploratórios na Bacia de Campos e isso basta para dar mais esperança aos municípios que recebem os royalties do petróleo. Entre outras ações para ampliar a produção, a Petrobrás iniciou recentemente a perfuração do poço 4-BRSA-1392D-ESS, no campo de Jubarte, em lâmina d’água de 968 metros. A atividade está sendo realizada com o navio-sonda Brava Star, da Constellation. O novo poço é classificado como Exploratório Pioneiro Adjacente, que é perfurado para testar a ocorrência de petróleo ou gás natural em área adjacente a uma descoberta, em prospecto com similaridade geológica e proximidade geográfica.

AÇU -  A outra frente de investimentos está em São João da Barra, município do norte-fluminense que até bem pouco tempo figurava entre os mais pobres do Estado e, hoje, experimenta desenvolvimento galopante. O Porto Açu é o grande empreendimento, com pesados e diversificados investimentos. Mas é a Ferrovia Transcontinental, planejada para ter aproximadamente 4.400 km de extensão em solo brasileiro, entre o Porto do Açu e a localidade de Boqueirão da Esperança,/Acre, que chama a atenção do mundo. Será a ligação dos oceanos Atlântico, no Brasil, e Pacífico, no Peru.