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Coluna

Panorama

27 junho 2021 - 12h47

CAIU OU SAIU?
O agora ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles não estava na mira das correntes ou motosserras do Planalto. Mas as recentes queimadas no seu filme com as investigações da Polícia Federal, do inquérito no STF e do novo escândalo das vacinas podem ter levado a uma composição amistosa de desligamento. Saiu elogiado. Na verdade, o governo opta por tentar deixar apenas um desgaste na mira por vez. Já Salles provavelmente tentará um mergulho nas sombras para tentar escapar das graves acusações que pesam sobre ele. Nesse terreno o sistema sabe como se mexer.

REAÇÃO
A Covaxim nem chegou ao Brasil e já está dando efeitos colaterais severos. A febre alta teve endereço certo: o Palácio do Planalto. Na sexta feira a CPI da Pandemia receberá o deputado Luiz Miranda (DEM-DF). Nos tempos de youtuber, o outrora também bolsonarista se dedicava a comparar o custo de vida nos Estados Unidos e no Brasil. Agora promete explicar na CPI que alertou o presidente sobre o custo e as condições de compra da vacina indiana. Pela reação do staff presidencial vem chumbo grosso.

CADÊ?
Já tem gaiato comparando o impeachment de Bolsonaro à caçada ao Lázaro: Um monte de crimes divulgados, uma tropa cercando para todo o lado, lacração nas redes a toda a hora. Mas pegar que é bom... nada. 

MAGO
E por falar em sumidos, nada de Carlos Wizard. O empresário está na mira da justiça e da CPI da Pandemia e já teve a condução coercitiva decretada. O problema é que a PF não encontra o distinto em lugar nenhum. Deve ter bastante assunto para explicar...

WITZEL
Aprovado o depoimento sigiloso do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel na CPI da Pandemia. Nele, promete apresentar abrir a caixa-preta da saúde do Rio de Janeiro. E já deu a entender que tem gente graúda envolvida. Como as hostes bolsonaristas espernearam alto, é esperar para ver se Witzel tem mesmo a tal bala de prata ou se está apenas tentando limpar a própria barra. Pesada, aliás.

INDÍGENAS
Ao feitio dos tempos coloniais, as manifestações dos grupos indígenas foram reprimidas violentamente em Brasília. No fim das contas a Câmara aprovou o projeto que altera o processo de demarcação das terras indígenas com o acréscimo bizarro de que só as que foram ocupadas até a promulgação da Constituição podem ser consideradas como tal. A tônica é que índios tem terras demais e é preciso liberar a exploração. Madeireiros, garimpeiros, grileiros agradecem. Afinal, 2022 vem aí.

LULA
De grão em grão o ex-presidente Lula vai enchendo o papo, com as decisões jurídicas a seu favor, provando a parcialidade de Moro. Favorito às eleições do próximo ano, Lula tem assumido o papel de articulador entre as correntes, segmentos sociais, empresariais e partidos como opção viável contra o bolsonarismo. A chamada “terceira via” tem soado como uma vaidosa e inócua escolha mais para rei do que presidente.