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Relatório final da CPI do Hospital da Mulher é aprovado em plenária da Alerj

O documento traz 138 recomendações para órgãos municipais, estaduais e federais, e propõe 11 projetos de lei

29 novembro 2019 - 17h37Por Redação
Relatório final da CPI do Hospital da Mulher é aprovado em plenária da Alerj

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou em discussão única, nesta quinta-feira (28/11), o relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga mortes de recém-nascidos no Hospital da Mulher de Cabo Frio. O documento traz 138 recomendações para órgãos municipais, estaduais e federais, e propõe 11 projetos de lei, entre eles a criação de uma política de combate à violência obstétrica. A medida será promulgada pelo presidente da Casa e publicada no Diário Oficial do Legislativo.

"O documento aponta a falta de insumos e medicamentos no hospital, assim como a falta de médicos, enfermeiros e equipamentos de necessidade básica", informou a deputada Enfermeira Rejane (PCdoB), relatora da CPI. "Quando os responsáveis pelos hospitais ignoram o que acontece dentro desses locais, o resultado é esse, é morte. Por isso também enviamos às Polícias Civil e Federal a recomendação para que os gestores do hospital sejam investigados", disse.

A CPI também recomenda a criação de uma ouvidoria na unidade hospitalar de Cabo Frio, além da ampliação de leitos e do número de profissionais de saúde no atendimento aos pacientes. Só neste ano, 20 nascituros e recém-nascidos morreram na unidade de saúde.

Para a presidente do grupo, deputada Renata Souza (PSol), é urgente a criação de um Programa estadual de combate à violência obstétrica. "Com o que foi apurado durante o trabalho da comissão vimos que é importante aprimorar toda a rede de saúde de atendimento à mulher. No caso do Hospital de Cabo Frio, que foi o foco do nosso trabalho, direitos básicos das parturientes foram desrespeitados", ressaltou.