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ÓLEO NO MAR

Secretário afirma que Cabo Frio será pouco afetado por óleo

Mario Flavio garante que município está preparado e que Bandeira Azul não está em risco

26 novembro 2019 - 20h25Por Redação
Secretário afirma que Cabo Frio será pouco afetado por óleo

Cabo Frio trabalha com a hipótese concreta de que o óleo vindo do Nordeste vai chegar ao mar da região nas próximas semanas. Mas, de acordo com o secretário municipal de Meio Ambiente, Mario Flavio Moreira, o impacto será bem menor do que o observado no litoral norte do país. Mario concordou com as declarações do oceanógrafo David Zee ao jornal O Dia de que Cabo Frio, Arraial do Cabo e Búzios devem ser atingidos até 15 de dezembro, mas destacou que o município está preparado para qualquer emergência. 

– É possível sim. O óleo tende a chegar aqui, mas obviamente de forma muito menor, em pequenas placas, haja vista o que aconteceu aqui próximo, em Barra do Furado (Quissamã). Estivemos reunidos com a Capitania dos Portos em Macaé. Cabo Frio tem um plano de emergência. Já estamos em contato com toda equipe de emergência do Inea. Nossa Guarda Marítima e Ambiental está com 12 homens monitorando diariamente nossas praias. A nossa Capitania está junto com a gente o tempo inteiro, mandando informação. Então, Cabo Frio está preparado e monitorando qualquer eventualidade. A gente acredita que chegue sim, mas pouco óleo – comentou o secretário.

Outro aspecto que gera apreensão, sobretudo em moradores e no trade turístico, é sobre a situação da Praia do Peró, recentemente certificada para mais uma temporada com o selo Bandeira Azul. Com a redução na faixa de areia na Praia do Forte e a própria poluição das praias nordestinas com as manchas de óleo, é aguardado um grande movimento de turistas na alta temporada.

Segundo o secretário de Meio Ambiente, como o impacto aguardado é considerado pequeno, não há risco de a praia perder a certificação. 

– Não atrapalha de forma nenhuma a questão do Bandeira Azul porque, se chegar alguma coisa, será em pequena quantidade, como chegou em abril. Nós limpamos a praia toda. Isso não vai interferir, só se ocorrer um grande derramamento, o que é praticamente impossível de ocorrer, como ocorreu no Nordeste – afirmou.

Em nota, a coordenação local do programa reforçou que não há risco de perda da certificação. De acordo com o texto, oito agentes da Guarda Marítima e Ambiental fazem o monitoramento diário em todas as praias do município a partir das 6h. No Peró, quatro ‘agentes azuis’ estão especificamente na área certificada pela Bandeira Azul. No mar, o monitoramento está sendo feito pelos pescadores da Colônia Z4 e pela Guarda Marítima e Ambiental.  

A Defesa Civil coordena os trabalhos, juntamente com a Secretaria de Meio Ambiente. Caso óleo ou fragmentos sejam avistados no mar ou nas praias da cidade, os agentes dispõem de boias de contenção, embarcações, diluentes e concentradores de óleo e foram capacitados pela Petrobras e pelo Inea para dar uma pronta resposta, de acordo com a coordenação local.

Diz o comunicado enviado para a reportagem: “Não há risco de perdermos a certificação. Isso só ocorre se deixarmos de respeitar algum dos 34 critérios de certificação.  No caso do óleo “encostar” (esse é o termo correto) na Praia do Peró, primeiro acionam-se os órgãos ambientais, começando pelo Inea, e coloca-se em prática o plano de contingência e emergência, elaborado pela Defesa Civil de cabo Frio, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente, e retira-se a Bandeira Azul, até que a situação se normalize.  Isso não significa que perdemos a certificação, tanto que a decisão quanto à retirada e o novo hasteamento, é tomada pela coordenação local, vinculada à Secretaria de Meio Ambiente”.

Arraial faz campanha contra ‘fake news’

Assim como os vizinhos Cabo Frio e Búzios, Arraial do Cabo prepara-se para a iminente chegada do óleo à região, mas também rebate as notícias falsas propagadas em grupos de WhatsApp e da internet de que o município já teria sido atingido, o que não ocorreu. Imagens do vazamento registrado em abril deste ano circulam como se fossem atuais e confundem os desavisados.

Em nota, a prefeitura se posicionou quanto ao caso e disse que a disseminação das ‘fake news’ é ‘uma ação irresponsável’, por prejudicar o Turismo e a população em geral, assim como cria caos em outros setores. Segundo a prefeitura, uma equipe de monitoramento já foi montada e o município já trabalha em estratégias para uma eventual chegada do óleo a costa. Atualmente, 30 agentes da Guarda Ambiental Marítima estão capacitados e equipados para atuar no primeiro momento e a Secretaria do Ambiente já trabalha na capacitação de mais agentes e na aquisição de mais EPIs.