quinta, 28 de março de 2024
quinta, 28 de março de 2024
Cabo Frio
25°C
Alerj Superbanner
Park Lagos beer fest
Hospital da Criança

MPF quer explicações sobre fechamento do Hospital da Criança

​Prefeitura de Cabo Frio tem 15 dias para informar providências a serem tomadas na unidade

22 março 2019 - 18h23Por Redação I Foto: Reprodução
MPF quer explicações sobre fechamento do Hospital da Criança

A pressão por esclarecimentos sobre a crise na Saúde de Cabo Frio ganhou mais um ingrediente nesta sexta-feira (22), quando o Ministério Público Federal (MPF) anunciou que fez um pedido de explicações para o prefeito Adriano Moreno (Rede) e para o secretário Márcio Mureb sobre a situação do Hospital da Criança, no Guarani, atualmente fechado e com um muro construído em frente à entrada. Apesar da barreira, o MPF afirma que o local serve de abrigo de moradores de rua.

O procurador da República Leandro Mitidieri Figueiredo deu um prazo de 15 dias para que o governo municipal informe as providências que estão sendo tomadas e qual o prazo para apresentar uma solução ao caso. Atualmente, o Hospital da Mulher, que está sob investigação de duas CPIs, da Câmara Municipal e da Alerj, destina uma ala do prédio, no Braga, para atendimento pediátrico.

O procurador disse que quer esclarecer qual era o fluxo mensal de pacientes no Hospital da Criança e como essa demanda está sendo absorvida. O prefeito Adriano e o secretário Mureb deverão encaminhar documentação que comprove se esses atendimentos estão sendo realizados.

– A gente recebeu essa informação (sobre o fechamento do hospital) e quer saber quantos atendimentos eram feitos ali e como isso está sendo atendido por outras unidades – disse Leandro Mitidieri.

O Hospital da Criança foi fechado no fim de 2016, nos últimos meses da gestão do ex-prefeito Alair Corrêa e assim se manteve durante todo o último governo de Marquinho Mendes (2017-2018). Na gestão de Adriano, iniciada em julho do ano passado, a unidade foi o motivo da primeira grande crise na Saúde, ainda no começo do mandato, quando o então secretário Antônio Macabu afirmou que a unidade não seria reaberta, o que contrariou uma promessa de campanha do atual prefeito.

A construção do muro em frente ao hospital também foi motivo de críticas, especialmente de vereadores de oposição.  À época, a justificativa do governo foi justamente de que o obstáculo impediria a entrada de mendigos e de usuários de drogas. O desgaste contribuiu com a queda de Macabu, que acabaria exonerado com menos de 50 dias de governo.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura que disse já ter sido notificada e que o documento está sendo analisado pela Procuradoria-Geral do município.