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Abraço à Fazenda Campos Novos reúne dezenas de pessoas

Ato contou com apresentação histórica, música e poesia 

01 agosto 2019 - 10h28
Abraço à Fazenda Campos Novos reúne dezenas de pessoas

Integrantes da sociedade civil organizada e representantes do governo municipal promoveram um abraço simbólico à Fazenda Campos Novos, em Tamoios. A ação aconteceu na tarde desta terça-feira (31) e teve apoio das secretarias de Cultura e Turismo, além da Prolagos que cedeu um ônibus para o transporte até o local.

Antes do abraço, integrantes da secretaria de Turismo fizeram uma apresentação sobre a história da Fazenda Campos Novos e homenagearam o espaço com poesias e músicas. Segundo o secretário de Cultura, Milton Alencar Junior, a ação organizada pela sociedade civil é de extrema importância para manter viva a memória da Fazenda Campos Novos, construída no século XVII.

- A Fazenda Campos Novos faz parte da história de Cabo Frio e toda região. Sempre apoiaremos iniciativas positivas como essa e outras causas - , comentou o secretário.

O local é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (INEPAC). O conjunto arquitetônico é do final do século XVII, composto pela casa-grande, Igreja de Santo Inácio e cemitério, nos moldes da arquitetura jesuítica do Brasil colônia.

O conjunto rural, remanescente de uma antiga fazenda fundada em 1648 e construída sobre um sambaqui, conta com uma casa, senzala, oficinas, capela e cemitério anexo. Estes, construídos por volta de 1690, constituem importantes e raros exemplares de arquitetura rural jesuítica, caracterizando a sociedade da época. Uma característica importante do projeto é a edificação da igreja integrada com a casa-grande, o que permitia acesso exclusivo às missas através de uma espécie de púlpito lateral, com ligação direta aos aposentos internos da casa.

Em 1623, após a fundação das cidades de Cabo Frio em 1615 e da Aldeia de Índios de São Pedro em 1617, os jesuítas receberam duas grandes doações de terras na região, as sesmarias do Rio Una e de Búzios. Com a expulsão dos jesuítas do Brasil em 1759, a fazenda passou às mãos de diversos proprietários e sofreu várias intervenções mas que não comprometem a preservação de seus traços. Em 1993, foi desapropriado pela Prefeitura de Cabo Frio e passou a ser a sede lá instalou a Secretaria Municipal de Agricultura.