Quem vem assustando os atletas olímpicos em Paris, até agora, são os japoneses. Um país insular no oceano pacífico que teima em brigar por medalhas com gigantes como China, Austrália e EUA.
Nos Jogos Olímpicos de 2012 os Japoneses ficaram em 11º lugar no quadro geral de medalhas. Nos Jogos seguintes, em 2016, no Rio de Janeiro, subiram para a 6ª colocação. E quando venceram a concorrência para sediar os Jogos em 2020 (evento que só aconteceu em 2021 devido à pandemia de COVID-19) fizeram muito bonito, ficando em 3º. Atrás somente dos EUA e da China.
Nas atuais Olimpíadas de Paris a delegação nipônica se mantém firme em 3º no quadro de medalhas, que, aliás, liderou por bom tempo. Mas o que devemos fazer é observar a evolução dos atletas japoneses sem perder de vista o fato do país ter sediado uma edição de jogos Olímpicos há quatro anos.
O Japão se preparou estruturalmente para o evento, não foi somente Tóquio. E a estrutura foi mantida. O que prova isso é o salto de rendimento de seus atletas nas últimas edições dos jogos.
Sediar uma competição Olímpica, sabemos, é algo carregado de intenções políticas. Há nisso uma demonstração de poder e força. A lição que o Japão nos apresenta, no entanto, é que o poder e a força também devem ser direcionados para dentro do país. Para os atletas. Para o povo como estímulo a criação de competidores e recado sobre a importância da prática esportiva na vida moderna e internética.
Jogos Olímpicos têm que gerar benefícios duradouros. Não dívidas impagáveis.