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Hotelaria de Cabo Frio terá máxima lotação permitida no feriado da Padroeira

Decreto impõe ocupação de 70% dos leitos nos meios de hospedagem da cidade

09 outubro 2020 - 22h04Por Rodrigo Branco

O setor de hotelaria de Cabo Frio terá a máxima ocupação permitida pela Prefeitura, de 70% dos leitos, para o feriado de Nossa Senhora Aparecida, na próxima segunda-feira (12). A informação foi passada pelo presidente da Associação de Hotéis, Carlos Cunha, que destacou que a permissão do governo municipal para aumentar em 30% a capacidade de receber hóspedes ocorreu após mais de duas semanas de diálogo. 

O empresário destacou que a liberação de entrada de ônibus e vans de turismo e do banho de mar nas praias serviu para alavancar a procura por reservas também para a Semana do Saco Cheio, até o próximo dia 18, período em que a cidade recebe muitos visitantes de Minas Gerais, por causa de feriados locais no estado vizinho. Um decreto publicado nesta quinta (8) liberou a entrada de 40 veículos de excursão, sendo 20 que estavam marcados para hotéis, pousadas e hostels e 20 para casas de aluguel regularizadas.

– Ao sair o decreto no fim da tarde, já estava com uma taxa de ocupação de 70% de 10 a 12 de outubro, para o fim de semana e para a semana do Saco Cheio, 40%. Quando saiu o decreto, liberando os ônibus e as praias, automaticamente, nossas reservas aqueceram. Pela manhã, continuamos com 70% e para o resto, já estamos com 60%. Infelizmente o decreto veio muito tarde, demorou um pouco, mas a gente está sobrevivendo – observou Cunha.

A movimentação na cidade ao longo desta sexta-feira (9) confirmou as estimativas da hotelaria. Nos acessos, pela manhã, um grande número de carros chegou ao município. O tráfego intenso resultou em enormes engarrafamentos. Para diminuir o problema, a Prefeitura ordenou a suspensão das barreiras sanitárias no começo da tarde. À noite, um decreto municipal reformulou a ação das barreiras a partir deste sábado (10).

A movimentação na Praia do Forte também era intensa. O decreto que liberou a entrada de veículos de turismo também permitiu o banho de mar, desde que não haja aglomeração. Não foi bem o que se viu. Um grande número de banhistas ignorou o céu nublado e fez a festa na areia. Com permissão para trabalhar todos os dias até 18 de outubro e nos fins de semana, em períodos normais, ambulantes e barraqueiros tentavam recuperar o prejuízo de meses em que foram obrigados a ficar em casa, proibidos de trabalhar.

Monique da Silva, que vende açaí em um carrinho, voltava a buscar o sustento financeiro no Forte, na manhã desta sexta, depois de um longo período.

– Estamos na esperança de ganhar um dinheiro pra compensar esse tempo todo parado. Teve muita gente que não conseguiu receber esse negócio de auxílio. A maior parte dos vendedores não conseguiu. Não recebemos nenhum ajuda de prefeito nem de ninguém. Só trancaram a gente em casa, mas não deram nada – reclama.