De acordo com o Ministério Público Federal, os ex-deputados Paulo César e Bernardo Ariston gastaram de forma irregular cerca de R$ 71 mil em passagens aéreas entre os anos de 2007 e 2009. Os dados fazem parte de um levantamento da Procuradoria Regional da República da 1ª Região que deu origem a uma denúncia feita à Justiça. Ambos fazem parte de uma relação de 443 ex-deputados acusados pelo MPF de usar passagens aéreas destinadas apenas à atividade parlamentar para benefício próprio. A denúncia foi assunto de matéria publicada na edição da última sexta-feira.
Segundo a Procuradoria, as 54 viagens de Paulo César, que se candidatou a prefeito de Cabo Frio nas últimas eleições pelo PSDB, custaram aos cofres públicos R$ 25.244,52, fora os custos com taxa de embarque de R$ 137,34.
Já Ariston, segundo o relatório, voou 88 vezes, o que representou uma despesa de R$ 46.438,44, fora a taxa de embarque no valor de R$ 58,86.
Procurados pela reportagem, ambos negaram ter feito uso particular dos bilhetes aéreos. Ariston declarou ainda que emitiu as passagens dentro do que previa a resolução interna da Câmara.
O recordista da lista, que tem ex-ministros, deputados e senadores é Ilderlei Cordeiro (AC), que gastou R$ 245 mil em 388 viagens. Caso a Justiça aceita a denúncia e os acusados responderão pelo crime de peculato (pena de 2 a 12 anos de prisão).