“Toma cuidado”, “Olha por onde você anda”, “Pode chutar a canela, mas no saco tem volta”. Essas foram algumas das ameaças recebidas e relatadas pelo vereador Aquiles Barreto (SD), ontem, ao usar a tribuna da Câmara durante sessão tensa que vetou o requerimento da Córrego Rico. No discurso, Aquiles afirmou ainda que tem recebido mensagens e ligações anônimas de números desconhecidos. Ao final, solicitou ao presidente da Câmara e filho do prefeito, Marcello Corrêa, que ficasse registrado em ata o ocorrido.
O relato deixou tanto a plenária quanto a assistência em silêncio e provocou manifestações de apoio dos demais vereadores, como Paulo Henrique Corrêa e Vinícius Corrêa, ambos do Partido Progressista, Celso Campista (PSB) e de Luis Geraldo (PPS).
– Antes de ser vereador Aquiles é meu amigo e não podemos chegar a este ponto. Algumas destas ameaças foram explícitas. A forma de tirar algum político de combate é com voto e não com bala – defendeu Luis Geraldo.
–Quero, antes de encerrar meu discurso de hoje nesta Casa, senhor presidente, informar que venho recebendo ameaças por diversos meios, então quero dizer que devemos separar a vida pessoal da vida política. Não tenho medo do meu passado, de blogs, de blogueiro algum. Se querem fazer guerra vou trazer números, fatos, dados e não denegrir a imagem de ninguém. Suplente que quer pegar a cadeira de vereador vai para urna e coloca 2.450 votos como eu coloquei na eleição, em 2012. Denegrir imagem para assumir uma cadeira? Ouça o conselho dos mais velhos, dos mais experientes. Quero, senhor presidente, que fique registrado em ata para que a integridade física de nenhum vereador seja colocada em risco. Temos dois casos semelhantes na cidade: Russo e Aires Bessa, que até hoje não teve nada de explicação e a polícia não disse nem um ‘ai’” – afirmou Aquiles.