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Vereador

TSE formaliza sigla criada por Marina Silva, provável destino do vereador Adriano Moreno

Rede Sustentabilidade finalmente sai do papel

24 setembro 2015 - 09h32

RODRIGO BRANCO

Depois de quase dois anos colhendo as assinaturas necessá­rias para a sua criação (486.600, ou seja, 0,5% dos votos dados aos deputados federais nas elei­ções de 2014, conforme reza a legislação) finalmente a Rede Sustentabilidade, partido criado e comandado pela ex-senadora e ex-candidata à Presidência no ano passado pelo PSB, Marina Silva, saiu do papel. E a decisão do Tribunal Superior Eleitoral na noite de anteontem, em Brasília, deve trazer consequências para a conjuntura política da Cabo Frio, uma vez que a sigla é o provável destino do vereador Adriano Mo­reno, hoje filiado ao PP.

Desgastado no partido, con­trolado na cidade pela família Corrêa – o prefeito Alair e seus colegas de plenário Vinicius e Marcello, este presidente da Câ­mara Municipal – Adriano esteve recentemente na Capital Federal onde se reuniu com Marina, li­deranças e simpatizantes da nova legenda, como o ator Marcos Pal­meira. Segundo interlocutores, o parlamentar teria voltado bem impressionado do encontro, dei­xando praticamente acertada sua ida para Rede, uma vez que sua permanência no atual partido é cada vez mais improvável, prin­cipalmente depois da insistência em apresentar um requerimen­to convidando o prefeito, bem como o deputado estadual Janio Mendes (PDT), para esclarecer as consições do possível emprés­timo a ser tomado pelo municí­pio, como forma de compensar a queda na arrecadação dos royal­ties, de acordo com Resolução do Senado Federal proposta por Marcelo Crivella (PRB-RJ).

Nos bastidores, a informação é que Alair teria ficado muito ir­ritado com a iniciativa, chegan­do a deixar de convocá-lo a uma reunião com vereadores da base governista há cerca de dez dias, cuja pauta foi a crise financeira do município, as medidas para combatê-la e o esvaziamento do pedido de requerimento, retira­do da pauta para até agora não voltar. Agora, com o registro da Rede Sustentabilidade pelo TSE, o caminho está livre para o vereador trocar de partido, uma vez que para siglas recém-cria­das, a legislação não impõe res­trições para mudanças que, em outros casos, poderia acarretar perda do mandato.

 

*Leia a matéria completa na edição impressa desta quinta-feira (24)