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Silas Bento

Silas Bento afirma que Estado está 'uma grande bagunça'

Deputado estadual do PSDB defende saída do governador Pezão

08 julho 2017 - 21h11Por Moacir Cabral | Foto: Arquivo Folha
Silas Bento afirma que Estado está 'uma grande bagunça'

“O Estado do Rio está uma bagunça”, disse em entrevista à Folha dos Lagos o deputado estadual Silas Bento (PSDB). Disse mais ainda: “É preciso criar mecanismos para estancar a corrupção”. A entrevista:

Folha - Qual é a saída para amenizar a crise no governo do Estado?

Silas Bento - Tenho lutado na Alerj para que o governo melhore sua arrecadação da Dívida Ativa. Que efetivamente cobre quem está devendo ao Estado. O primeiro passo é arrecadar dinheiro para equilibrar as contas e, principalmente, pagar os servidores. Os salários são a prioridade, é a vida das pessoas que está em jogo. Depois, e nesse sentido a bancada do PSDB já está agindo junto à presidência da Casa, temos que resolver a situação do Pezão. Não tem mais governabilidade. O Estado está uma bagunça muito grande, é preciso dar uma oxigenada, mudar de ares e buscar uma solução. É claro que o Pezão saindo, tudo muda da água pro vinho. Mas temos que fazer uma mudança, responsabilizar os culpados pela crise e, principalmente, criar mecanismos para estancar a corrupção, para que uma situação calamitosa como essa não volte a acontecer.

Folha - Você acredita que a situação possa se reverter a curto prazo?

Silas - Eu estaria mentindo se dissesse que sim. A crise é muito grave. Muito mesmo. Vai levar tempo. O que podemos fazer a curto prazo, e acho que essa tem que ser a prioridade do governo, é resolver a situação do servidor.

Folha - O presidente da Alerj, Jorge Picciani, fala em impeachment e intervenção...

Silas - A situação está insustentável. O meu partido, o PSDB, entende que é o melhor caminho. Eu entendo que a mudança não pode ficar aí. Não podemos só tirar o Pezão e botar outro cacique qualquer e continuar com as mesmas práticas. O Pezão vai sair? Não sei, pode ser que sim, a aprovação é muito baixa e não há mais sustentação política. Mas a mudança tem que ir além.

Folha- Você acredita que saia o tal pacote de bondade do governo federal?

Silas - Acredito que sim. É uma promessa, tem que ser cumprida. O que estamos trabalhando é para que esse dinheiro chegue aos cofres do Rio de Janeiro o mais rápido possível e vamos fiscalizar o uso desse dinheiro.

Folha - O PSDB pensa em candidatura própria à sucessao de Pezão?

Silas - No momento, o objetivo do PSDB é ajudar a recuperar o Estado do Rio de Janeiro. Temos que abdicar, nesse momento, dos acordos e das campanhas, para resolver essa situação calamitosa.