Se, na terça-feira, os vereadores de Cabo Frio foram econômicos nas palavras e saíram rapidamente do plenário para escapar das cobranças da assistência, ontem, não teve jeito. Em sessão bastante tumultuada e com maciça presença de servidores da Saúde e da Educação, os parlamentares foram pressionados a se posicionar sobre os atrasos no pagamento dos salários de novembro e outras atitudes recentes e polêmicas do governo, como o decreto que suspende temporariamente horas-extras, gratificações e adicionais de insalubridade.
Mas depois de muito bate-boca, os manifestantes saíram como entraram: sem respostas convincentes; apenas com a promessa de que os vereadores se reuniriam após a sessão para discutir o assunto. Diante de um público hostil e ansioso por explicações, alguns vereadores se aventuraram na tribuna. Salvo exceções, os vereadores tiveram que lidar com o descontentamento dos funcionários. Adriano Moreno (Rede), Emanoel Fernandes (Pros) e Braz Enfermeiro (PMDB) tiveram problemas e foram interrompidos algumas vezes.
Com as ausências do presidente da Mes Diretora Marcello Corrêa (PP) e do vice, Vanderlei Bento (PSDB), a tarefa de conduzir a sessão ficou a cargo do primeiro secretário Eduardo Kita (PT), que teve muito trabalho. Aliás, nenhum representante do clã Corrêa participou da sessão. Além de Marcello, Vinícius Corrêa (PP) e Paulo Henrique Corrêa (PR) faltaram ontem.
Com isso, as atenções ficaram voltadas para o líder do governo na Casa, Taylor Jasmin (PRB) que, apesar de ouvir atentamente os discursos dos colegas, permaneceu calado. Ele se manifestou apenas no fim da sessão ao ser abordado e discutir com o presidente do Sindicato dos Servidores de Cabo Frio (Sindicaf), Olney Vianna.
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