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Secretário de Saúde de Cabo Frio confirma 300 demissões

Na Educação, quantidade de dispensas ainda está sendo fechada

01 agosto 2017 - 07h55Por Texto: Rodrigo Branco | Foto: Arquivo Folha
Secretário de Saúde de Cabo Frio confirma 300 demissões

Secretário Pillar, sobre as demissões: "Não tem 'sobra', estamos apenas redimensionando"

Conforme o secretário de Fazen­da de Cabo Frio, Clésio Guimarães, havia adiantado à Folha em meados do mês passado, a prefeitura terá que cortar 20% do efetivo em duas de suas mais importantes secretarias: Educação e Saúde. Mas, se enquanto na primeira a quantidade de dispen­sados ainda está sendo fechada; na segunda, o número de vítimas da gui­lhotina já está certo. Ao todo, serão demitidos 300 servidores, entre mé­dicos, profissionais de enfermagem e da área administrativa. Contudo, o titular da pasta, Roberto Pillar (foto), garan­te que o atendimento à população não será afetado. Atualmente, a secretaria tem 3.800 servidores, sendo 2.500 contratados e o restante efetivo.

– Fizemos um levantamento nos últimos três ou quatro meses dos atendimentos nos ambulatórios e ve­rificamos que a oferta de consultas foi maior que a procura. No Jardim Es­perança, por exemplo, de uma previ­são de 5 mil, houve 3.500 consultas. Tem uma sobra e estamos remanejan­do isso. A procura não está tão grande, explica Pillar.

Apesar disso, o secretário nega que a pasta estivesse com funcionários de ‘sobra’. Na busca pelo equilíbrio nas contas, Pillar disse ainda que está cor­tando gastos com despesas correntes (água, luz, material de escritório), mas a luta principal é por aumentar o cha­mado ‘teto financeiro’, isto é, o valor que é ressarcido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por Cabo Frio ser ci­dade-polo em algumas especialidades. Ele alega que, por conta de má gestão no governo passado, o município re­cebe valores defasados de ‘teto’, fato que o obriga a investir a diferença em recursos próprios para pagar consultas e procedimentos.

– Perdemos, por mês, R$ 1,5 mi­lhão devido à má gestão passada. Te­nho brigado com o Governo Federal e com o Estado para aumentar esse teto financeiro. Cabo Frio é polo em alguns serviços. Para oncologia, re­cebíamos R$ 600 mil em 2012. Hoje, os gastos são de R$ 1,1 milhão, mas continuamos a receber R$ 600 mil – exemplifica.

Por determinação do prefeito Mar­quinho Mendes (PMDB), na Edu­cação, o mantra também é enxugar gastos. No entanto, o número de dispensados na pasta ainda não foi definido. As aulas na rede municipal voltaram ontem, mas a secretaria se debruça sobre o planejamento para que nenhuma unidade tenha déficit de funcionários. A secretária Laura Bar­reto aposta na entrada dos aprovados do concurso de 2009 para não deixar a qualidade do ensino cair.

– Chegaram os concursados que assumiram suas turmas hoje (ontem). Estamos fazendo agora o enxuga­mento de outras séries. Está come­çando um outro trabalho. Estamos trabalhando para ver se nesse mês de agosto a gente consegue chegar a um denominador – acredita Laura.

De todo modo, a secretária disse que a folha já terá um alívio imedia­to. Isso porque os 1.500 professores que estavam contratados receberão apenas até o referente a 15 de julho, dia em que o vínculo temporário ter­minou. No entanto, vários desses pro­fissionais continuarão a trabalhar na rede no segundo semestre letivo.