Um navio sem comandante. Assim pode ser definida a Prefeitura de Arraial do Cabo neste momento uma vez que o prefeito Wanderson Cardoso de Brito, o Andinho (PMDB), e seu vice, Reginaldo Mendes (PT), foram afastados pelo TSE por abuso de poder político, enquanto o substituto legal, o presidente da Câmara, Luciano Tequinho (PPS), segue sem ser notificado da decisão e, portanto, sem tomar posse do cargo.
Ontem, mais uma vez, o chefe do Legislativo não foi visto na Câmara, que novamente não teve sessão por falta de quórum. Uma funcionária chegou a dizer que “brincam na Casa que ninguém sabe onde ele está”.
A reportagem tentou entrar em contato com Tequinho por meio de dois números de celular, mas não obteve sucesso. Também não havia ninguém no seu gabinete para falar sobre o assunto e onde o vereador estava. Todavia, houve a confirmação que a Câmara já foi notificada.
Nos bastidores políticos da cidade, sobretudo entre os opositores de Andinho, o ‘sumiço’ de Tequinho está sendo visto como estratégia, uma vez que ele faz parte da base do governo na Câmara Municipal.
Em nota, a Prefeitura afirmou que tão logo o presidente da Câmara seja notificado deve apresentar-se à juíza da cidade e comunicar se aceitou o cargo de prefeito. O texto esclarece ainda que, segundo a legislação, não pode haver vacância de cargo.