Para aplacar a fome de recursos que ajudem a forrar os cofres públicos vazios, prefeitos da Região dos Lagos almoçaram, ontem, com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Entre outros, também participaram do almoço os prefeitos do Rio, Marcelo Crivella (PRB), e de Duque de Caxias, Washington Reis (PMDB).
No cardápio, constaram itens que fizeram parte da última reunião com Maia, em 10 de maio: a mudança na divisão dos royalties do petróleo proposta pelo Governo Federal e o aumento nos repasses federais.
A novidade é que, ontem, participaram do encontro os ministros da Educação, Mendonça Filho, e das Cidades, Bruno Araújo. De antemão, já foi marcada para o dia 3 de julho uma nova reunião com os ministros, a fim de se tentar a liberação de recursos que diminuam a asfixia financeira dos municípios.
Além de protocolar reivindicações nas pastas das Cidades e da Educação, o prefeito de Arraial, Renatinho Vianna (PRB) pleiteia mais verbas para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e o parcelamento dos débitos do município com o Governo Federal. Ele adiantou que a cidade se inscreverá no Programa de Refinanciamento (Refis).
– Temos que entrar, senão complica cada vez mais o nosso trabalho – comentou Renatinho, que esteve acompanhado do vice, Serginho Carvalho.
Por sua vez, o prefeito de Cabo Frio, Marquinho Mendes (PMDB), articula junto ao Ministério das Cidades uma linha de crédito para fazer obras de saneamento urbano. Assim como o colega de Arraial, Marquinho também tenta um acréscimo das receitas do FNDE para a construção de creches.
– Tivemos esse almoço para projetar uma agenda positiva com os ministros. E o Rodrigo (Maia) colocou a Presidência da Câmara à disposição para nos ajudar – explica Marquinho.
O prefeito cabofriense aproveitou a ida à Capital Federal para esticar até o Palácio do Planalto, onde esteve com o presidente Michel Temer, ao lado de Crivella, de Rodrigo Maia e do governador do Rio, Luiz Fernando Pezão. Segundo Marquinho, foi apresentado um projeto-piloto na área de segurança pública que, a princípio, será aplicado na capital do estado.
– Esse projeto vai fiscalizar as fronteiras, envolvendo Polícia Federal, Polícia Rodoviária e Militar. Tenho certeza que terá grande visibilidade. E vai nos ajudar porque a violência de lá acaba refletindo aqui – comentou Marquinho