A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou no início da tarde desta segunda-feira (20) o projeto de lei que privatiza a Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae). O placar foi de 41 votos favoráveis à venda da estatal contra 28 contrários. Para aprovar a privatização, o Governo do Estado precisava de 36 votos (metade mais um dos 70 deputados). O projeto foi aprovado com o texto original, pois antes da votação forma derrubadas as 211 emendas que a ele haviam sido feitas.
A venda da Cedae é uma das garantias impostas pelo Governo Federal para o Plano de Recuperação Fiscal do Rio, que prevê a suspensão do pagamento da dívida do Estado com a União. Segundo o Palácio Guanabara, as medidas do plano trarão um alívio de R$ 62 bilhões em três anos.
Os deputados cabofrienses presentes à sessão extraordinária dividiram-se quanto ao voto: enquanto Silas Bento (PSDB) declarou-se contrário à venda da empresa, Janio Mendes (PDT) posicionou-se favoravelmente ao projeto, embora o líder do partido, Luiz Martins, tenha inicialmente encaminhado o voto contrário de toda a bancada que, no fim das contas, acabou liberada para votar como quisesse.
Ao justificarem os posicionamentos, Janio e Silas chegaram a se estranhar no plenário. Inicialmente, o pedetista afirmou ser favorável ao projeto como forma de assegurar o acordo com a União e, desta forma, o pagamento dos salários aos servidores estaduais. Em sua fala, Janio alegou ainda que as experiências de concessão de serviços à iniciativa privada em Cabo Frio foram ‘bem-sucedidas’. Pouco depois, Silas rebateu a informação, reclamando das taxas cobradas pelas concessionárias pelo serviço.
Ao ter o nome citado, Janio pediu direito de resposta ao presidente da Mesa, Jorge Picciani (PMDB) que o concedeu. Na tréplica, o pedetista afirmou que, comparadas, a tarifa da Cedae hoje seria mais alta que a cobrada pela Prolagos. Antes, no entanto, Janio acusou o adversário de querer 'antecipar o processo eleitoral'.
Confira como votou cada deputado (Em negrito, os da Região dos Lagos):
A FAVOR
- Ana Paula Rechuan (PMDB)
- André Ceciliano (PT)
- André Corrêa (DEM)
- Aramis Brito (PHS)
- Átila Nunes (PMDB)
- Benedito Alves (PRB)
- Carlos Macedo (PRB)
- Chiquinho da Mangueira (PTN)
- Comte Bittencourt (PPS)
- Coronel Jairo (PMDB)
- Daniele Guerreiro (PMDB)
- Dica (PTN)
- Dionísio Lins (PP)
- Doutor Gotardo (PSL)
- Edson Albertassi (PMDB)
- Fábio Silva (PMDB)
- Fatinha (Solidariedade)
- Marco Figueiredo (PROS)
- Filipe Soares (DEM)
- Geraldo Pudim (PMDB)
- Gil Vianna (PSB)
- Gustavo Tutuca (PMDB)
- Iranildo Campos (PSD)
- Janio Mendes (PDT)
- João Peixoto (PSDC)
- Jorge Picciani (PMDB)
- Marcelo Simão (PMDB)
- Marcia Jeovani (DEM)
- Marcos Abraão (PT do B)
- Marcos Muller (PHS)
- Marcus Vinicius (PTB)
- Milton Rangel (DEM)
- Nivaldo Mulim (PR)
- Paulo Melo (PMDB)
- Pedro Augusto (PMDB)
- Rafael Picciani (PMDB)
- Renato Cozzolino (PR)
- Rosenverg Reis (PMDB)
- Tia Ju (PRB)
- Zé Luiz Anchite (PP)
- Zito (PP)
CONTRA:
- Bebeto (PDT)
- Bruno Dauaire (PR)
- Carlos Lins (sem partido)
- Carlos Osório (PSDB)
- Cidinha Campos (PDT)
- Doutor Julianelli (Rede)
- Eliomar Coelho (PSOL)
- Enfermeira Rejane (PC do B)
- Flávio Bolsonaro (PSC)
- Flávio Serafini (PSOL)
- Geraldo Moreira (PTN)
- Gilberto Palmares (PT)
- Jorge Felippe Neto (DEM)
- Lucinha (PSDB)
- Luiz Martins (PDT)
- Luiz Paulo (PSDB)
- Marcelo Freixo (PSOL)
- Márcio Pacheco (PSC)
- Martha Rocha (PDT)
- Paulo Ramos (PSOL)
- Samuel Malafaia (DEM)
- Silas Bento (PSDB)
- Tio Carlos (SDD)
- Wagner Montes (PRB)
- Waldeck Carneiro (PT)
- Wanderson Nogueira (PSOL)
- Zaqueu Teixeira (PDT)
- Zeidan (PT)