RODRIGO BRANCO
Disposto a acabar com a hegemonia petista na Presidência da República nas eleições de 2018, o PSDB está olhando para as suas bases e o fato pode ter influência direta no quadro sucessório cabofriense no próximo ano. Em reunião realizada ontem, na Cinelândia, no centro do Rio, com a presença do presidente estadual da legenda, o deputado federal Otávio Leite, ficou praticamente definido que o partido lançará candidatura própria na cidade para a disputa, daqui a 13 meses, e neste caso, o nome natural para concorrer ao pleito é o do atual vice-prefeito Silas Bento.
A intenção dos caciques tucanos é fortalecer a base da legenda no interior do Estado a fim de potencializar o discurso antipetista, já consolidado na capital e na Região Metropolitana, por conta dos desdobramentos da Operação Lava Jato. Nas eleições de 2014, a falta de articulação política fora dos grandes centros prejudicou a candidatura do senador mineiro Aécio Neves na disputa com Dilma Rousseff (PT) em áreas de grande abrangência dos programas sociais do Governo Federal, como o ‘Bolsa Família’ e o ‘Minha Casa, Minha Vida’.
Outro fator é a tentativa da cúpula tucana de tomar as rédeas do processo nas eleições presidenciais de 2018, seja o candidato Aécio, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin ou o senador pelo mesmo estado, José Serra. No ano passado, esse papel ficou com o grupo ligado ao presidente da Assembleia Legislativa, Jorge Picciani, o que desencadeou o chamado movimento ‘Aezão’, de apoio ao mineiro e ao atual governador Luiz Fernando Pezão (PMDB).
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