Morreu nesta sexta-feira (14) o ex-deputado estadual Jorge Picciani, de 66 anos. Ele estava internado em um hospital particular em São Paulo, onde fazia um tratamento de câncer. A partir de 1991, Picciani cumpriu seis mandatos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que presidiu de 2003 a 2010, e entre 2015 e 2017.
Um dos principais caciques políticos do PMDB, que depois se tornou MDB, Picciani presidiu o partido entre 2011 e 2014. Chegou a concorrer ao Senado Federal em 2010, mas perdeu a vaga por 0,8% dos votos.
Em 2017, foi alvo da Operação Cadeia Velha, desdobramento da Operação Lava Jato, na qual foi preso com os também deputados do MDB Paulo Melo e Édson Albertassi. Segundo as investigações, os três comandavam um esquema de propina na Alerj para a aprovação de matérias de interesse das empresas de ônibus e de empreiteiras.
No ano seguinte, Picciani foi para o regime de prisão do domiciliar e viu o nome envolvido em mais um escândalo, que resultou na Operação Furna da Onça. O político e outros nove políticos foram acusados de receber até R$ 100 mil de propina para aprovação de projetos de interesse do governo Sérgio Cabral.
O presidente da Alerj, André Ceciliano (PT) ofereceu o plenário da Casa para o velório, mas ainda não há informações oficiais sobre a cerimônia.