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Réveillon

Marquinho confirma Réveillon:

Em formato mais modesto que o de outros anos, festa terá menos fogos e músicos locais

10 dezembro 2016 - 10h08Por Rodrigo Branco | Arquivo Folha
Marquinho confirma Réveillon:

Na espera para que o próximo ano seja bem melhor do que o que está prestes a acabar, a população de Cabo Frio já especula como será a tradicional festa de réveillon na Praia do Forte. E ela está sendo inteiramente organizada pela equipe do futuro prefeito Marquinho Mendes (PMDB), antes mesmo dele tomar posse, em 1º de janeiro. Aliás, é o próprio Marquinho que está conduzindo pessoalmente as negociações com as empresas privadas que patrocinarão as festividades, que têm o custo estimado em cerca de R$ 300 mil.

Seguindo a regra já anunciada por Marquinho para sua própria gestão, o evento terá formato mais enxuto do que teve nos tempos em que os cofres municipais estavam abarrotados dos recursos dos royalties do petróleo. Além da tradicional queima de fogos na Praia do Forte, haverá comemorações na praia do Peró e em Tamoios.

No Forte, haverá uma balsa grande com três estruturas flutuantes menores à frente. Nos demais locais, os fogos de artifício serão disparados da areia. O custo do espetáculo pirotécnico de 15 minutos deve ficar em torno de R$ 150 mil, inteiramente custeados pela iniciativa privada, que terá como contrapartida a exposição das marcas participantes durante o evento.

Com relação à parte artística, o palco da Praia do Forte, que já foi ocupado por grandes nomes da música brasileira terá, este ano, apresentações de bandas e artistas locais. Nada que, segundo Marquinho, tire o brilho dos festejos.

– O que eu posso adiantar é que será uma festa simples, mas muito bonita – disse Marquinho, negando a participação de qualquer membro do atual governo nos preparativos da festa.

Uma reunião do comitê organizador do Réveillon 2017 está marcada para esta segunda-feira, quando serão definidos detalhes do evento, como a programação das atrações e a quantidade de fogos.

Críticas à transição e à Alair: "Quer inviabilizar meu governo"

Enquanto tenta viabilizar a festa de réveillon, Marquinho Mendes começa a organizar a futura administração, embora faça isso praticamente às cegas, uma vez que o processo de transição de governo acontece a passos lentos. Irritado com a situação, Marquinho acredita que a equipe do atual prefeito Alair Corrêa (PP) esteja ‘com medo’ de mostrar a real situação das contas municipais. De acordo com o futuro prefeito, o cenário é muito pior do que ele esperava.

– Segundo levantamentos oficiosos que fizemos, a dívida do município com o Governo Federal é de R$ 200 milhões apenas em INSS e Fundo de Garantia – disse.

A inadimplência do município dificulta o acesso a recursos federais, mas de todo modo, Marquinho disse que abriu conversas com a direção da Caixa Econômica Federal para construção de novas unidades do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’ e a abertura de linhas de crédito para outros projetos que pretende implantar a partir do ano que vem.

Mas a 22 dias de assumir novamente o município, ele ressalta não ter a menor ideia do rombo que encontrará nos cofres municipais. O próximo prefeito criticou duramente as últimas ações do atual governo, como a reabertura da UPA do Parque Burle, que classificou como ‘política’, e a tentativa de criação de novos cargos na administração municipal, cujo projeto de lei tramita na Câmara.

– Não tenho a menor dúvida que ele (Alair) quer inviabilizar nosso governo. Além de destruir a cidade e sair pela porta dos fundos, o prefeito está querendo nos dificultar ao máximo – disparou.