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Janio Mendes (PDT) vai ao MP contra Córrego Rico e Prefeitura de Cabo Frio

Deputado engrossa críticas e afirma que prefeito quer criar cortina de fumaça

22 outubro 2015 - 10h11

O deputado Janio Mendes (PDT) entrou ontem com repre­sentação no Ministério Público do Estado para que seja aberta investigação sobre os contratos da prefeitura de Cabo Frio com a empresa Córrego Rico. Janio pede que o MP requisite a pres­tação de contas detalhada sobre cada contratação e prestação de serviços, com a indicação do número de bens locados e locais de utilização. Anteontem, após visita surpresa do prefeito Alair Corrêa (PP), a Mesa Diretora da Câmara Municipal barrou reque­rimento que cobrava explicações sobre o caso, que veio à tona após aditivo de R$ 27 milhões ser divulgado no jornal que faz as publicações oficiais do muni­cípio – segundo o governo, R$ 9 milhões foram pagos este ano.

No documento, Janio afirma que as declarações do prefeito na Câmara foram insuficientes. “O prefeito se restringiu a pala­vras, não apresentando qualquer documento que comprovasse a dita regularidade do contrato, não sabendo informar ao certo o número de veículos alugados e sua destinação”, escreveu. Em entrevista à Folha, ele disse que o objetivo do discurso do prefei­to foi criar cortina de fumaça.

– Ficou claro que o prefei­to tentou criar uma cortina de fumaça para não ter o requeri­mento aprovado e passar para a população que ele tirou todas as dúvidas sobre a Córrego Rico.

Janio engrossou as críticas ao atribuir a decisão da Câmara ao que se refere como “um negócio em família” – o requerimento foi tirado de pauta por Marcello Corrêa (PP), a pedido de Vini­cius Corrêa (PP), que se disse satisfeito com as explicações de Alair (eles são filho e sobrinho do prefeito, respectivamente).

– Vejo isso como uma interfe­rência direta no poder legislati­va. Fere autonomia, a indepên­dência do poder. O prefeito, sem ser convidado, ocupa a Câmara, pergunta se todas as dúvidas fo­ram respondidas e o filho conce­de a retirada [do requerimento]. Um negócio em família. A coisa não pode ser feita dessa maneira. Para ser resolvido em família, ele não precisava ir à Câmara. Poderia ter se reunido com o fi­lho e o sobrinho no Riala e pou­pado o povo desse teatro. Faltou respeito ao legislativo – atacou.

 

*Leia a matéria completa na edição impressa desta quinta-feira (22)