Com os olhares dos servidores estaduais da Região dos Lagos sobre si, o deputado Janio Mendes (PDT) tem passado os últimos dias em inúmeras reuniões para discutir o polêmico pacote de medidas de austeridade baixado pelo governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) para tentar debelar a crise financeira no Estado do Rio.
Hoje, acontece novo encontro, desta vez com os membros do diretório municipal do partido, em Cabo Frio. No começo da semana, Janio e os outros seis membros da bancada pedetista – Luiz Martins, Bebeto, Martha Rocha, Thiago Pampolha, Zaqueu Teixeira e Cidinha Campos – fecharam posição contrária ao ponto mais controverso do chamado ‘pacote de maldades do governo: o desconto de 30% nos salários dos servidores ativos, aposentados e pensionistas durante 16 meses.
Com a repercussão negativa, a mensagem, inclusive, já foi devolvida pela Alerj ao governo. Contudo, os demais pontos, na opinião de Janio, serão debatidos à exaustão.
– As demais matérias vão ser discutidas a partir do dia 16. Serão duas matérias por dia e acredito que a votação delas será no começo de dezembro. Pretendemos apresentar emendas para todas elas – comentou o parlamentar, que tem sido pressionado pelas redes sociais a votar contra o pacote.
Para a próxima quarta-feira, por exemplo, estão previstas as discussões sobre a redução do salário do governador e sobre a diminuição para 15 salários mínimos do limite para pagamento de obrigações de pequeno valor, hoje estipulado em 40 salários mínimos. Já no dia seguinte, estão previstos os debates sobre o aumento da alíquota previdenciária de 11% para 14% e a extinção da Fundação Ceperj.
Sem adiantar como será seu voto, Janio ressalta que o pacote é importante para sanear os cofres públicos.
– As medidas são necessárias para diminuir as despesas. A situação exige medidas com responsabilidade. Mas com relação ao empréstimo compulsório (30%), esse susto já passou – afirmou.
Para finalizar, Janio descartou que o partido vá entrar na Justiça contra as medidas, como fez o colega Luiz Paulo (PSDB)