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ELEIÇÕES 2020

Henrique Gomes: "Quero ser lembrado como o prefeito que levou Búzios a uma nova era"

Candidato do Patriota é o entrevistado da Folha na sabatina com os prefeitáveis do balneário

24 outubro 2020 - 16h00Por Rodrigo Cabral e Rodrigo Branco

A Folha dos Lagos prossegue neste sábado (24) com a série de entrevistas com os candidatos a prefeito de Armação dos Búzios, que traz o postulante pelo Patriota, Carlos Henriques Gomes Pinto, conhecido na vida pública como Henrique Gomes. O atual vice-prefeito do município tem 61 anos e tenta se eleger para o cargo de chefe do Executivo pela primeira vez. Nos últimos meses, assumiu a cadeira de prefeito por várias oportunidades, a última delas na semana passada, por conta dos sucessivos afastamentos do atual mandatário André Granado. O companheiro de chapa é Arildo da Conceição Costa, o Arildo Beca, de 48 anos. 

Folha dos Lagos – Por que deseja ser prefeito? Qual legado quer deixar para a cidade?

Henrique Gomes – Quero que as pessoas lembram de Henrique Gomes como o prefeito que deixou um legado para a cidade, que fez de Búzios uma nova era, uma transformação, não somente estrutural, mas na forma de tratar seus munícipes. 

Folha – Como retomar o desenvolvimento, gerando emprego e renda, após um cenário de pandemia?

Henrique – A Prefeitura não pode mais ser tratada como cabide de emprego. É preciso parceria com as empresas privadas, desburocratizando suas aberturas, incentivando os empresários e criando incentivo fiscal para o desenvolvimento e criação de emprego e renda. Em contrapartida, que a mão de obra seja da cidade. Dessa forma, vamos gerar emprego para moradores e melhorarmos também a economia local, fazendo o dinheiro girar aqui. 

Folha – Os municípios da região tiveram índice baixo no Ideb. Como mudar esse cenário e quais seus planos para a Educação?

Henrique – Búzios não abriu nenhuma escola nos últimos oito anos. Com isso, temos salas de aulas lotadas e professores sobrecarregados. É preciso investir nos professores com novas ferramentas, reformar todas as unidades escolares para gerar mais conforto aos alunos, de forma que eles sintam prazer em ir para a escola e lá consigam, de fato, aprender. Vamos implantar o monitoramento de entrada e saída dos alunos nas escolas, onde os pais vão saber em tempo real sobre entrada e saída dos alunos.

Folha – Quais suas principais propostas para a Saúde?

Henrique – Humanização, para mim, é a palavra chave. Sou paciente do SUS e uma das maiores prioridade na minha gestão é tratar o paciente de forma humanizada, atendendo suas demandas, assim como fizemos quando estivemos à frente da Prefeitura no passado. Descentralizando todas as autorizações de exames para ser autorizado diretamente nos postos, não tendo mais que os pacientes irem até a secretária para isso. Criaremos a UTI e também UTI Neonatal no município. Com isso, não ficaremos dependendo do sistema estadual de regulação de vagas. 

Folha – Quais suas principais políticas que serão adotadas para o Turismo?

Henrique – O Turismo é a mola mestra da economia do nosso município, e tem que ser tratada como uma empresa de Turismo. Vamos criar a Búzios Tour, uma empresa para fomentar o turismo na nossa cidade.

Folha – O que o candidato pensa em relação a políticas afirmativas para mulheres, negros e LGBTs?

Henrique – Meu entendimento e que as políticas devem ser iguais para todos, sem distinção e descriminação, todos somam para o crescimento da cidade. 

Folha – Quais suas principais propostas para o Esporte?

Henrique – Esporte é saúde, esporte é vida. Quando estivemos à frente da Prefeitura, reativamos as escolinhas de futebol, natação, vôlei, e ampliamos o funcional para adultos e estávamos buscando atender também os praticantes de esportes náuticos, entre outras modalidades. Meu sonho é ver Búzios sendo escolhida como a principal cidade para práticas de esportes.

Folha – Quais suas principais propostas para a Cultura?

Henrique – A Cultura precisa ser resgatada, precisa ter seu espaço. Búzios é uma cidade cultural e muitos não conhecem 10% da nossa cultura nativa. Vamos explorar a cultura da cidade para os turistas, moradores, alunos. Para isso, o ponto principal é dar independência para a pasta, criando a Secretária Municipal de Cultura, com o orçamento exclusivo para atividades e afins, sem falar que cultura também e geração de emprego e renda.

Folha – Quais os projetos do candidato para qualificar e ampliar a atuação da Guarda Municipal na Segurança Pública?

Henrique – Está aí uma categoria que, como eles mesmos sabem, eu tenho um enorme carinho. A Guarda em Búzios será a nossa principal força de segurança. Vamos fazer valer a lei 13.022, equipando e treinando nossos agentes para fazer de Búzios a cidade mais segura do país. A GCM de Búzios será uma grande referência, não me conformo em guardas ficarem apenas vigiando patrimônio ou atravessando pedestre em faixa. Vamos avançar muito com a ajuda desses guerreiros e também fazer valer o direito deles garantidos por lei. Vamos incentivar diversos cursos para os agentes, principalmente de idiomas, por entender que eles são os primeiros a terem contato com os turistas na cidade.

Folha – Quais as prioridades em relação à infraestrutura da cidade?

Henrique – Búzios cresceu muito, mas deixaram a infraestrutura da cidade pra trás. É preciso ir em cada canto da cidade e dar dignidade para que as pessoas saírem de suas casas sem afundar o pé na lama. Não adianta enfeitar as vias principais e esquecer os bairros afastados, lá está o nosso povo. Minha meta é que, pelo menos, 85% da cidade sejam saneados e calçados nos três primeiros anos de governo.

Folha – Quais as principais políticas que serão adotadas em relação ao Meio Ambiente? 

Henrique – Búzios hoje tem um problema seríssimo com relação ao saneamento. Nossa rede funciona em tempo seco; toda vez que cai um temporal, os esgoto vai direto para as praias. Temos quatro pontos críticos que nos envergonham, são eles: Praia dos Ossos, Centro de Búzios, Porto da Barra e Rancho Mutã. Podemos usar investimentos próprios do município, como o programa de ICMS Verde, e também hoje existe uma Lei minha autoria que é uma emenda aditiva na Lei Orgânica de N12 de 27de agosto de 2008, onde o município destinará 5% dos royalties do petróleo para o Fundo Municipal de Meio Ambiente. Quando estava prefeito, assinei um TAC com MP para devolver para o Fundo aquilo que é por direito, através dessa lei. Segundo informações, o atual prefeito deu sequência, e acredito que até o atual período devemos ter R$ 3 milhões a R$ 4 milhões para serem investidos no sistema de saneamento de nossa cidade. 

Folha – De que maneira o município pode ser mais independente dos repasses dos royalties? Como enxerga um cenário caso o regime de partilha dos royalties seja alterado no STF?

Henrique – Esse assunto já era uma preocupação minha quando assumi pelo afastamento do atual prefeito. É algo que devemos nos preocupar e começar a ter uma mentalidade diferente. Elaborar planos para não ficar dependente dos royalties do petróleo. Um exemplo é fomentar a receita própria e, o ato principal, existem inúmeros comércios querendo se legalizar e o atual governo não tem uma proposta para os mesmos, por se garantir nas verbas dos royalties.

(*) O entrevistado desta segunda-feira (26) será o candidato Comandante Serafim, do PSD.