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ATRASO NOS SALÁRIOS

Governo descumpre calendário e não paga efetivos da Educação, em Cabo Frio

Grupo cobrou prefeito Adriano em inauguração de retorno para veículos de emergência

08 janeiro 2020 - 20h56Por Rodrigo Branco
Governo descumpre calendário e não paga efetivos da Educação, em Cabo Frio

Em mais um capítulo da crise entre o governo de Cabo Frio e o funcionalismo municipal, a prefeitura descumpriu o calendário de pagamento divulgado na semana passada e deixou de pagar os salários de dezembro aos servidores efetivos da Educação, que estava previsto para ontem, quinto dia útil do mês. É a primeira vez que os funcionários concursados deixam de receber no prazo legal desde que o pagamento dos salários passou a ser feita de forma fracionada, ainda no primeiro semestre do ano passado. A prefeitura não se manifestou oficialmente sobre o assunto, mas segundo informações de bastidores, há uma tentativa de buscar recursos para que o pagamento seja feito hoje.

Com a conta zerada, os servidores deram o tom da insatisfação pelas redes sociais desde as primeiras horas da manhã. E manifestaram todo o descontentamento diretamente com o prefeito Adriano Moreno (DEM), que ontem participou da inauguração de um retorno na Avenida Assunção, para uso de veículos de emergência, como ambulâncias ou do Corpo de Bombeiros. Um grupo se aproximou do prefeito e cobrou o pagamento dos salários de dezembro e do décimo primeiro salário, mas não houve incidentes. Adriano conversou com os professores, mas limitou-se a dizer que iria buscar explicações junto à Secretaria de Fazenda e chamou a situação financeira do município de ‘cobertor curto’.

As explicações não convenceram os servidores que estiveram na Fazenda, para conversar com o secretário Clésio Guimarães. À reportagem, Clésio disse que a gestão dos recursos e pagamento dos servidores da rede de ensino cabe à Secretaria de Educação. Sem uma resposta concreta, os servidores fizeram um ato e panfletagem na Praça Porto Rocha, na parte da tarde. Segundo a coordenadora-geral do Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe Lagos), Cíntia Machado, a categoria vai buscar outras formas para pressionar o governo a pagar os direitos dos trabalhadores. Ações na Justiça, a exemplo do outros sindicatos vão fazer e foi noticiado na edição de ontem, não estão descartadas.

– A indignação é grande na categoria porque o calendário não vem sendo cumprido totalmente, mas não tinha sido prática ainda não pagar os efetivos. Então, o que a gente tem de notícia tanto da secretaria de Fazenda como de Educação é que estão sendo feitas tentativas para que o pagamento seja feito até amanhã (hoje), mas não há nenhuma nota oficial declarando isso para que a categoria tenha menos insegurança do que está tendo – afirmou Cíntia.

Sem perspectiva de salários de dezembro e do décimo terceiro, os servidores completam um mês de greve. A continuidade da paralisação foi confirmada em assembleia realizada na última segunda-feira.