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Granado

Ex-vereador pede impeachment de André Granado

Marreco acusa prefeito de Búzios de usar bens públicos em campanha eleitoral

07 março 2017 - 19h50
Ex-vereador pede impeachment de André Granado

Os problemas do prefeito de Armação dos Búzios, André Granado (PMDB), com a Câmara Municipal podem aumentar – e muito – em breve. O Legislativo buziano acaba de receber um pedido de impeachment protocolado pelo ex-vereador Manoel Eduardo da Silva. Para justificar a intenção, Marreco, como é conhecido, acusa Granado de usar bens públicos com fins particulares e eleitorais.

– Na Justiça já ganhamos e ele foi multado, mas como se trata de um crime de responsabilidade é a Câmara que tem que julgar. Eu me senti na obrigação de colaborar. São nove novos vereadores que têm a responsabilidade de resgatar a credibilidade da Casa que foi a zero – disse o antigo parlamentar, de 73 anos, na verdade, um suplente que ocupou uma cadeira na Câmara por dez meses durante a primeira legislatura do município, emancipado de Cabo Frio em 1995.

Marreco vai além e diz que o governo não tem repassado o duodécimo (verba mensal para o funcionamento do Poder Legislativo). Em postagem no seu perfil no Facebook, o ex-vereador chegou a lembrar problemas anteriores do prefeito na Justiça, como o processo pelo qual responde pelo desvio de R$ 13 milhões na época em que era secretário de Saúde do ex-prefeito Toninho Branco.

Ligado ao PDT do ex-prefeito e candidato derrotado na última eleição Mirinho Braga, Marreco nega que o pedido de afastamento tenha motivação política. O antigo parlamentar afirma ainda que tem provas documentais das irregularidades.

– Não tem cunho político, é jurídico. É legal, é cabível e acho que o presidente vai tomar as medidas cabíveis de forma urgente – acredita o ex-vereador.

O prefeito André Granado não foi localizado para comentar as denúncias e o pedido de afastamento pois, segundo sua assessoria, está em viagem no exterior. Já o presidente da Câmara Municipal, João Carlos Alves de Souza, o Cacalho (DEM), não atendeu nem retornou as ligações.

Caso a Câmara acate o pedido, será convocada uma sessão para votar a abertura de uma comissão processante o que poderá levar ao afastamento do prefeito do cargo por 90 dias, até a votação do afastamento.

Vida complicada na Câmara – A vida do prefeito não tem sido fácil neste começo de segundo mandato, sobretudo na relação com a Câmara. Sem a maioria na Casa, de cara perdeu a disputa para a Presidência, depois que Cacalho (DEM) derrotou a reeleita Joice Costa (PP), então candidata da situação.

No início de fevereiro, a Câmara barrou por sete votos a um o pedido de empréstimo de R$ 30 milhões desejado pelo prefeito desde o fim do ano passado. Dias depois, o mal estar aumentou, depois que Cacalho, Gladys Costa (PRB), Dida Gabarito (DEM), Walmir Nobre (PRB) foram barrados ao tentarem fazer uma visita ao Hospital Rodolpho Perissé.