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Evento do PDT com Ciro Gomes acaba em confusão em Cabo Frio

Sepe acusa presidente nacional do partido, Carlos Lupi, de agredir uma jovem de 16 anos

19 março 2016 - 08h31
Evento do PDT com Ciro Gomes acaba em confusão em Cabo Frio

Presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, se envolveu em incidente em Cabo Frio – Foto: Ascom Sepe

 

Terminou em confusão, com direito a queixa na delegacia, um evento organizado pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) de Cabo Frio para recepcionar o ex-ministro Ciro Gomes, na noite desta sexta-feira (18), no clube Costa Azul, na Gamboa.

Integrantes do Sindicato dos Profissionais da Educação (Sepe) acusam o presidente nacional do partido, Carlos Lupi, de agredir verbal e fisicamente uma jovem de 16 anos que faz parte da Associação dos Estudantes Secundaristas do Rio de Janeiro (Aerj). No momento em que Lupi e Ciro deixaram o evento, integrantes do Sepe e da Aerj puxaram o coro "eu passo fome, durmo no chão, mas não me junto com essa corja de ladrão". Em vídeo gravado pelo Portal RC24H, a estudante agredida por Lupi lidera o protesto e grita palavra de ordem aos políticos.

O vídeo também mostra Lupi segurando com força a cabeça da adolescente com as duas mãos. Segundo testemunhas, ao ser afastado, Lupi teria dado-lhe um tapa no rosto e a chamado várias vezes de ‘putinha’. Na madrugada deste sábado (19), a mãe da jovem, acompanhada de integrantes do Sepe, registrou a ocorrência na 126ª DP (Cabo Frio). Não foi feito exame de corpo de delito, mas uma audiência já foi marcada para 03 de maio.

Em sua conta no Facebook, a diretora de imprensa do Sepe-Lagos, Denise Teixeira emitiu uma nota de repúdio.

– O que vimos foi um verdadeiro ataque à democracia. Quando não se tem argumentos passa-se para a agressão. Estamos completamente estarrecidos.

Janio Mendes, organizador do evento, se pronuncia

No fim da manhã deste sábado (19), a assessoria do deputado estadual Janio Mendes divulgou nota manifestando "profunda tristeza" pelo ocorrido. Segundo o texto, "ainda nos preparativos do evento, o deputado foi informado pela mídia social, da manifestação programada e determinou a sua assessoria, que não acionasse qualquer tipo de segurança pública ou privada" e "diante da compreensão da liberdade de manifestação do pensamento e se preparou, para que caso o manifesto se desse no espaço do evento, fosse garantida a palavra a representante da categoria". No fim da nota, o parlamentar diz que "caso tenha ocorrido qualquer forma de violência ou agressão o deputado a repudia veementemente, se solidariza aos agredidos, pede a devida apuração pela autoridade policial e reafirma seu compromisso com as liberdades se prontificando ao debate institucional".

Dias antes do evento, o Sepe se mobilizou pelas redes sociais com o objetivo de protestar contra o governo do estado por conta da crise na Educação, que está em greve desde o começo do mês. Por ser o vice-líder do governo na Alerj, Janio foi o alvo principal da cobrança dos manifestantes.