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Empréstimo: prefeitáveis discutem sobre possível impacto eleitoral

Janio e Marquinho dizem que situação de Alair é ‘irreversível’ 

25 março 2016 - 09h43

Com a possibilidade cada vez mais real de Cabo Frio contar com um considerável reforço no caixa por causa do empréstimo que está prestes acontecer, a corrida eleitoral pode ganhar um novo postulante: o prefeito Alair Corrêa (PP). Não o atual, que já anunciou a pré-candidatura há alguns meses, mas que desde então acumula desgastes e um índice de rejeição conside- rável. Mas outro, possivelmente revigorado e com a caneta agora vazia, capaz de assinar pagamentos e anunciar obras.

Para avaliar os possíveis impactos eleitorais de uma eventual bem-sucedida operação, a Folha ouviu os quatro principais adversários do atual prefeito: os pré-candidatos Marquinho Mendes (PMDB), Janio Mendes (PDT), Adriano Moreno (Rede) e Paulo César da Guia (PSDB). Se os dois deputados, críticos ferrenhos do empréstimo, dizem que o efeito dele sobre a campanha de Alair será nulo, o tucano desconversa e diz que não é hora de pensar no assunto e sim na recuperação da cidade. Já o vereador se disse preocupado com a liberação do dinheiro próximo ao processo eleitoral.

Considerado pelo próprio prefeito como principal adversário, Marquinho afirma que ‘vai lutar judicialmente para que o empréstimo não saia’. Segundo o deputado federal, o provável acordo comprometerá as administrações futuras.

– É um empréstimo eleitoreiro. Vou arguir isso na Justiça porque é incontitucional deixar empréstimos para outras administrações. Ele pode ter R$ 1 bilhão que a situação dele é irreversível. Quero enfrentá-lo com ou sem empréstimo – dispara.

Também grande opositor do empréstimo, o deputado estadual pedetista Janio Mendes afirma que os dois vereadores da bancada do partido na Câmara – Fred e Celso Campista – entrarão, na próxima sessão, com projeto de resolução que vincula os recursos que entrarem nos cofres ao pagamento de servidores e investimentos em infraestrutura

– Não há nada que possa salvar a candidatura de Alair, mas não podemos permitir que esses R$ 300 milhões sejam utilizados para campanha eleitoral ou obras não realizadas – afirma.

*Matéria na íntegra na edição deste fim de semana da Folha dos Lagos.