O palco da batalha política entre governo e oposição no qual se transformou a Câmara de Vereadores de Cabo Frio endureceu ontem com a reprovação, por 11 votos a 4, de requerimento que contestava liberação da Prefeitura de aditivo de R$ 27 milhões à empresa Córrego Rico Transporte e Construção Ltda., que aluga máquinas e equipamentos para a administração pública municipal.
O vice-líder da bancada governista e sobrinho do prefeito, Vinícius Corrêa (PP), voltou atrás e barrou o envio dos contratos à Casa. Esta é a segunda vez este ano que um requerimento é vetado. Em maio, o mesmo aconteceu com documento que pedia informações sobre contratos com fornecedores, condições estruturais e de equipamentos, além de critérios adotados para as demissões na Saúde.
– Reafirmo minha posição uma vez que a empresa presta serviço para a Prefeitura desde 2005. Se fosse desde 2011, eu seria a favor. Meu voto é contra – declarou Vinícius.
Protagonista da votação, Vinícius Corrêa orientou os pares a votar contra a medida, apesar de também ter declarado em algumas ocasiões na tribuna da Casa, desde que o tema veio à baila, que seria favorável caso o período se estendesse à última gestão. No entanto, mesmo os vereadores proponentes Aquiles Barreto (SD) e Celso Campista (PSB), apoiados por Adriano Moreno (PP), concordando com o pedido do vice-líder durante as explanações antes da votação, Vinícius não só manteve o próprio voto como fez a orientação à bancada no momento em que o governo perdia por quatro (Fernando do Comilão acompanhou Aquiles, Campista e Adriano) a um – o primeiro voto contrário foi do vereador Luis Geraldo (PP).
– Ninguém aqui está impedido de investigar, mas sou contra o requerimento. Peguei o processo (da Córrego), é grande, estou estudando e vou passar aqui tudo que observei. Se queremos a cidade bem devemos brigar por UPG, merenda – defendeu.