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Em Arraial do Cabo, oposição reclama de esvaziamento na Câmara Municipal

Vereadores estudam entrar com recurso no MP para garantir realização de sessões

23 junho 2016 - 08h27

Com a proximidade do processo eleitoral, os ânimos políticos se acirram também em Arraial do Cabo, sobretudo, na Câmara Municipal. O bloco de oposição ao governo Andinho (PMDB) – formado pelos vereadores Renatinho Vianna (PRB), Serginho Carvalho (PHS) e Ayron Freixo (PRB) – estuda acionar o Ministério Público para garantir a realização mais frequente das sessões legislativas, o que não ocorre desde a polêmica votação do empréstimo de R$ 19 milhões junto ao Banco do Brasil, ocorrida há quase um mês.

Na última terça, por exemplo, como tem sido costume, não houve quórum (quatro dos nove vereadores) para a realização dos trabalhos. Na avaliação dos oposicionistas, o movimento é orquestrado para impedir votações que prejudiquem o governo, como em relação ao recém-protocolado pedido para abertura de uma comissão parlamentar de inquérito para apurar a aplicação dos recursos provenientes da exploração do petró- leo na cidade.

– Estamos com essa CPI protocolada já há algumas sessões. Fica um negócio complicado. Estão tentando embarreirar essa CPI. Acredito que exista uma visão de que quanto menos sessões, menor o desgaste do governo. Se amanhã (hoje) não ocorrer sessão, vamos entrar no MP – ameaça Ayron Freixo.

Governistas, por sua vez, dão de ombros às promessas de retaliação dos adversários. Para o vereador Walter Félix Junior, o Piolho (DEM), as atitudes da oposição têm motivação apenas ‘política’. Quanto à CPI, ele alega desconhecer o conteúdo do requerimento.

– Não tenho conhecimento do conteúdo do que eles estão alegando (sobre a CPI). Como é período eleitoral, tá todo mundo ouriçado. No momento, não tem nada de tão importante a ser discutido na Casa e as matérias de maior interesse serão discutidas em audiência públicas que o presidente Luciano Tequinho se comprometeu a fazer – comentou Piolho, primo de Andinho e um dos principais nomes da bancada governista.

O presidente da Câmara, Luciano Farias de Aguiar, o Luciano Tequinho (PPS), não foi encontrado para comentar as acusações de esvaziamento premeditado das sessões. A reproragem tentou contato telefônico pelo celular e no gabinete, onde um assessor informou que ele participará da sessão de hoje.