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Dividida, região se mobiliza em manifestação de rua

Ala pró-afastamento se reúne domingo; defensores do governo vão à Brasília

16 abril 2016 - 14h47

É em clima de Copa do Mun­do que o país vai acompanhar neste fim de semana a vota­ção na Câmara dos Deputados, em Brasília, que pode definir o afastamento da presidente Dil­ma Rousseff. Assim como em boa parte do país, o ‘Fla x Flu’ político se reflete na região e os segmentos a favor e contra o impeachment da presidente se articulam para manifestar suas opiniões e acompanhar o voto de cada parlamentar.

Animado com a repercussão do último ato, em 13 de março, um dos coordenadores do Mo­vimento Brasil Livre na Região dos Lagos, Leonardo Estellita, planeja levar à Praça Porto Ro­cha, amanhã, às 9h30, bem mais do que os 1.500 presentes na­quela ocasião. Estellita acredita que há motivos suficientes para Dilma ser afastada do cargo.

–As principais entidades jurí­dicas como a OAB e o STF já referendaram que há uma di­versidade de crimes da Dilma e também do Michel Temer. O impeachment está longe de ser golpe. Golpe foi o que fizeram com o povo, golpe é o que fize­ram com a Petrobras, golpe foi o que foi feito com Brasil – afirma o artista plástico.

De outro lado, os defensores do governo também se movi­mentam contra o que, para eles, seria um ‘golpe contra a demo­cracia’. Um ônibus foi fretado pela Frente Brasil Popular La­gos para acompanhar a votação de perto, na Capital Federal. O movimento é ligado às centrais sindicais e entidades de defesa do movimento negro e está alia­da à Frente Povo sem Medo, de oposição ao governo, mas de es­querda. Ontem, o grupo protes­tou na Praça Porto Rocha.

– Estamos aliados pela demo­cracia, pela legalidade e contra o golpe. O pedido de impeach­ment está baseado na questão das pedaladas fiscais que não é crime. É má gestão. Ela pecou como gestora, mas as pedaladas são inerentes à administração pública. Governadores e prefei­tos fazem isso – defende um dos coordenadores da frente, o pro­fessor Guilherme Pinto.

Ainda que as manifestações dos grupos pró e contra o gover­no tenham sido marcados para datas diferentes, a polícia se prepara para evitar transtornos por conta de eventuais reações ao resultado da votação. Contu­do, o efetivo não foi confirmado.

– A PM vai se fazer presente para garantir o direito à demo­cracia e o direito de livre mani­festação. Ainda estamos nos reu­nindo para dimensionar o evento para definir o efetivo. Mas acre­dito que não teremos problemas e o espírito democrático vai pre­valecer – disse o comandante do 25º Batalhão, tenente-coronel André Henrique de Oliveira.

* Confira matéria completa na edição deste fim de semana da Folha dos Lagos.