No que depender dos obstáculos jurídicos, não vão faltar motivos para o prefeito de Cabo Frio, Alair Corrêa (PP), continuar irritado com as dificuldades para obter o sinal verde para o empréstimo bancário de R$ 200 milhões de reposição dos royalties do petróleo. Além da recomendação do Ministério Público para que o aval à operação de crédito não seja dado pela Câmara Municipal, sob pena de possível denúncia por improbidade administrativa, o governo se vê às voltas com uma série de contestações judiciais.
Contrários à operação, os deputados Marquinho Mendes (PMDB), Janio Mendes (PDT) e o professor Rafael Peçanha anunciaram que tomaram medidas judiciais para impedir que a negociação seja concretizada. O vereador Aquiles Barreto (SD), líder da oposição na Câmara, já disse que pretende ir pelo mesmo caminho, caso não seja apresentado pelo governo um estudo de impacto financeiro que justifique a necessidade do negócio.
Presente à sessão da Câmara que marcou o envio da mensagem do Executivo para a Comissão de Constituição e Justiça, Marquinho devolveu as críticas feitas a ele por Alair em um programa de rádio e confirmou que vai tentar impedir a operação financeira.
– Esse empréstimo não pode sair porque inviabiliza completamente o município. Vou arguir judicialmente quantas vezes forem necessárias porque não podemos ficar refém de um prefeito irresponsável que aos 45 minutos do segundo tempo quer acabar de vez com o município de Cabo Frio – dispara o deputado federal.
*Matéria completa na edição deste fim de semana da Folha dos Lagos.