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Corte salarial não assusta antigos subprefeitos

 Para conter despesas, administradores regionais terão vencimentos reduzidos em 20%

19 outubro 2015 - 10h15

Pelo menos no discurso afinado, os antigos subprefeitos parecem não se importar com as últimas medidas de contenção de despesas propostas pelo prefeito Alair Cor­rêa (PP), na tentativa de equilibrar receitas e despesas. Aparentemen­te demonstrando compreensão, os agora agentes administrativos de bairro terão que conviver com uma redução salarial de 20%, o que re­prsenta uma queda dos antigos R$ 4 mil líquidos para R$ 3.200. Os administradores regionais, no entanto, negam que as subprefeituras serão extintas e que a população será afetada pelos cortes.

– Nossa subprefeitura, diferente das outras, não apenas anota a recla­mação dos moradores e as repassa para as secretarias. Nós resolvemos alguns problemas como de ilumi­nação por conta própria – afirma o gestor responsável pela Praia do Siqueira, Sostino João Fernandes dos Santos.

Teninho, como é conhecido, dis­se ainda que esse é o segundo corte em 20% que receberá no salário, que este mês ainda não foi pago, assim como os demais comissionados, mas ele garante que, apesar disso, não vai passar aperto.

– Não dependo da Prefeitura, pois tinha uma empresa e sobrevi­vo de imóveis que tenho alugados. Sei que o prefeito está precisando e como estou num cargo de confian­ça, vou com ele até o fim – disse.

A mesma fidelidade foi demons­trada pelo colega responsável pela região do Jardim Esperança, Aris­teu Campanati. Para ele o momento ‘é de sacrifício’.

– Eu estou aí para colaborar. Vi­vemos essa crise na nossa própria vida particular e não apenas em Cabo Frio. Tendo um salário como o que eu tenho, é só economizar e adequar o orçamento doméstico para não ter problema – diz Aristeu, que admite que o fato de o cami­nhão de limpeza de fossas, que pas­sava diariamente, não realizar mais o serviço tem feito falta no bairro.

Evasivo de início, o agora agen­te administrativo do distrito de Ta­moios, César Pinho, disse as ‘me­didas são necessárias’.

– É duro perder parte do salário, mas nós que estamos no Governo temos que dar a nossa contribuição para que o prefeito possa fazer o melhor pela nossa cidade – sentenciou Pinho.