RODRIGO BRANCO
Frequentemente, o prefeito de Cabo Frio, Alair Corrêa (PP) comenta em seus discursos que tem vivido em 2015 alguns de seus momentos mais difíceis em mais de 40 anos de vida pública. A questão é que por fatores externos mas, em grande parte das vezes, pelas próprias decisões administrativas, dificilmente o mandatário esteve às voltas com uma cadeia de acontecimentos tão desfavorável como a que se estabeleceu em agosto.
Com as finanças em frangalhos, a governo já tinha paralisado os investimentos e obras previstas, além de ter feito cortes na folha de pessoal, o que não impediu que as cobranças de credores surgissem de todos os lados, de fornecedores a prestadores de serviços. Apesar de o prefeito justificar os débitos com a prioridade de manter em dia a folha salarial, a Prefeitura tem penado para pagar tanto os servidores ativos como os que estão de licença médica.
Na edição da Folha do último dia 6, por exemplo, foi mostrado o problema vivido pelo senhor José Gessé da Silva Santos que, afastado do trabalho para se recuperar de um infarto, só recebeu o auxílio-doença que deveria ser pago até o quinto dia útil do mês em 12 de agosto. O mesmo aconteceu com os demais servidores que dependem do benefício.
Aliás, condição normalmente desconfortável, ficar doente foi particularmente complicado no último mês. Acumulando a chefia do Executivo com o cargo de secretário de Saúde desde 12 de maio, Alair até conseguiu promover melhorias na parte de atendimento e marcação de consultas, mas segue sem resolver problemas crônicos de estoque de medicamentos e insumos.
(*) Leia a matéria completa na edição deste sábado da Folha dos Lagos.
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