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Candidatos da Região dos Lagos têm mais de R$ 17 milhões em bens

Patrimônio é declarado ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE)

08 agosto 2014 - 21h45Por Sérgio Meirelles
Candidatos da Região dos Lagos têm mais de R$ 17 milhões em bens

A maioria dos políticos da Região dos Lagos que disputará as próximas eleições possui um patrimônio de dar inveja ao eleitor mais humilde. Um levantamento feito pela Folha dos Lagos no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) constatou que a totalidade de bens móveis ou imóveis declarados pelos 14 candidatos aos cargos de deputado estadual e federal ultrapassa os R$ 17 milhões. Desse total, mais de R$ 13,5 milhões dos bens computados pertencem a Walmir Porto (PR) e Paulo Melo (PMDB).  Mas também há entre eles os que declaram não possuir nada na vida, mas que vão gastar mais de R$ 1 milhão na campanha, respectivamente.

A lista dos mais bem aquinhoados é encabeçada pelo empresário e presidente da Associação Comercial e Industrial de Cabo Frio, Walmir Porto. Ele declarou ao TRE possuir um patrimônio avaliado em mais de R$ 8,6 milhões. Uma das curiosidades na declaração de bens de Porto é a quantidade de automóveis em seu nome: oito. Nenhum dos seus adversários na região declarou possuir tantos veículos particulares. Porto possui um edifício residencial avaliado em mais de R$ 1,7 milhão.

Também quem está muito bem de vida é o presidente da Assembleia Legislativa (Alerj), o deputado Paulo Melo. Dono de muitas casas, apartamentos e terrenos em Saquarema, Melo tem um patrimônio avaliado em mais de R$ 5 milhões. Ele se dá o luxo de possuir um trator agrícola no valor de R$ 98 mil. Não está declarado, mas provavelmente o parlamentar esteja ingressando ou já ingressou no ramo da agricultura regional.

As declarações de bens dos candidatos nos revelam algumas curiosidades. Bernardo Ariston (PR) declarou possuir quatro éguas da espécie mangalarga marchador. Os animais estão avaliados em mais de R$ 37,5 mil. Fernando do Comilão (PSDB), proprietário de uma das mais famosas casas de lanches de Cabo Frio, informou à Justiça Eleitoral que tem apenas R$ 15 em uma conta-corrente no Banco do Brasil. Essa quantia daria para comprar, em média, dois sanduíches em seu estabelecimento.

Nos dias de hoje, é raro se ouvir falar que ainda exista alguém que guarde dinheiro vivo em casa. Mas, para alguns dos nossos representantes nas próximas eleições, o velho hábito continua valendo. Talvez pensando em uma emergência, Paulo Melo disse ao TRE que tem mais de R$ 84 mil em espécie a sua disposição. O mesmo ocorrendo com Silas Bento (PSDB) que declarou ter em mãos R$ 18,7 mil. O deputado federal Paulo César (PR) também se preocupou com as despesas de última hora e guardou R$ 50 mil em seu cofre particular.

As más línguas costumam dizer que quando uma pessoa se decide entrar na política é porque quer se dar bem. Mas esse parece não ser o caso de Arildo Mendes (PV) e Paulo Henrique Corrêa (PR). Os dois candidatos afirmaram ao TRE não possuir nenhum bem. Na coluna patrimônio aparece a palavra “zero”.  Os dois podem não ter um real no bolso, mas o dinheiro para a campanha eleitoral está garantido. Mendes declarou que vai gastar  R$ 1,5 milhão e Corrêa, R$ 2 milhões. Certamente esses recursos são provenientes de doações feitas por amigos ou pessoas jurídicas. Quem disse que o homem vale pelo o que tem no bolso?

Marquinho Mendes (PMDB) e Aquiles Barreto (SD) são os que vão gastar mais nessas eleições. O peemedebista informou à Justiça Eleitoral que seus gastos chegarão a R$ 9 milhões até o fim do pleito. Enquanto Barreto destinou R$ 5 milhões para as suas despesas de campanha. Paulo Melo vem logo em seguida com uma previsão de despesas de até R$ 4,5 milhões. Os demais candidatos declararam que vão investir entre R$ 1 milhão e R$ 3 milhões.