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DESEJO DE MUDANÇA

Câmaras de vereadores da região terão 57% de renovação a partir de 2021

De outro lado, alguns que conquistaram as vagas são velhos conhecidos da população

17 novembro 2020 - 21h45Por Rodrigo Branco

Se um dos chavões políticos mais conhecidos é o de que o resultado das urnas é um ‘recado do povo’, a mensagem passada pelos eleitores no último domingo (15) é o de que eles não aprovaram a atuação da maioria dos parlamentares escolhidos quatro anos atrás. Não à toa, é de 57% a taxa de renovação para as Câmaras de seis municípios da região, conforme levantamento feito pela Folha. Isso significa que a cada vereador reeleito, um não teve o mandato renovado pela população.

Em Cabo Frio, a partir de 2021, 58% das cadeiras da Câmara serão ocupadas por novos parlamentares. O destaque da eleição foi justamente uma novata, a protetora da causa animal Carol Midori (Democracia Cristã), que foi a mais votada do município, escolhida por 2.450 eleitores. Entram também Vanderson Bento (PTB); Léo Mendes (Democracia Cristã); Thiago Vasconcelos (Avante); Josias da Swell (PL); Davi Souza (PDT); Douglas Felizardo (Avante); Roberto Jesus (MDB); Jean da Auto Escola (PL) e Alexandre da Colônia (DEM).

Luis Geraldo (Republicanos); Alexandra Codeço (Republicanos); Adeir Novaes (Republicanos); Rodolfo Machado (Solidariedade); Oséias de Tamoios (PDT); Vinícius Corrêa (PP); e Miguel Alencar (DEM) conseguiram escapar da sanha do povo por mudança e tiveram sinal verde para mais quatro anos de mandato. 

Em Arraial do Cabo e Búzios, a mudança foi ainda mais radical e dois terços do Parlamento municipal foram substituídos. No município cabista, continuam Ayron Freixo (Republicanos); Cleyton Barreto (PV) e Alexandre Galego (Republicanos).

Candidato a vereador mais votado do município, Junior Chuchu (PV) não é exatamente um novato e já sentiu o gosto de atuar na Câmara por alguns meses, por ter sido eleito suplente em 2016, mas como vereador efetivo será a sua primeira experiência. Debutarão com ele Pedro Caju (PSL); Shogum (PSL); Juliano do Distrito (PSD); Professor Tayron (DEM); e Tuquinha (PSDB).

No caso do balneário, permanecem no Legislativo os vereadores Josué Pereira (PRTB); Dom (Pros); e Niltinho de Beloca (Pros). Dois velhos conhecidos do povo buziano –  Lorram Silveira (PRTB) e Gugu de Nair (DEM) – voltam à Casa, acompanhados de Rafael Aguiar (Republicanos); Victor Santos (Republicanos); Aurelio Barros (Patriota); e Raphael Braga (DEM).

Em São Pedro da Aldeia, o índice de mudanças chegou a 70%. Escaparam do ‘terremoto’ apenas Mislene de André (Solidariedade); Denilson (Solidariedade) e Vitinho de Zé Maia (PL). A partir de 1º de janeiro, tomam assento no Legislativo aldeense os vereadores Chiquinho de Dona Chica (PP); Marcio Soares (PDT); Fernando Mistura (Republicanos); Chimbiu (Solidariedade); Franklin da Escolinha (Cidadania); Mica (Pros) e Professor Jean Pierre (Podemos). Chiquinho, Mica e Franklin, no entanto, já são caras conhecidas na Câmara do município.

Em Araruama e Iguaba Grande, o eleitor foi mais comedido e deu um voto de confiança de mais quatro anos à maioria eleita em 2016. No caso araruamense, dos 17 vereadores, nove foram reeleitos: Amigo Walmir (PP); Julio Cesar Coutinho (PSC); Penha Bernardes (PL); Aridinho (DEM); Nelsinho do Som (PSC); Oliveira da Guarda (MDB); Carlinhos de Deus (PP); Magno Dheco (PP); Carlos Russo (Avante). Entram Roberta Barreto (DEM); Thiago Moura (Cidadania); Thiago Pinheiro (PL); Diego de Ciraldo; Eloi Ramalho (PSD); Luiz do Táxi (PL);  Sergio Murilo (Republicanos); e Sargento Raimundo (PT).

Em Iguaba, das 11 cadeiras, apenas cinco terão novos parlamentares: Marcelo Durão (PL); Luciano Silva (Cidadania); Junior Bombeiro da Saúde (MDB); Elifaz (PP) e Junior Negão (Patriota). Continuam com vaga cativa Balliester Werneck (Cidadania); Paulo Rito (Cidadania); Alan Rodrigues (MDB); Marciley Lessa (PL); Roberto Antunes (MDB); Tikinho (DEM).

Para o historiador José Francisco de Moura, o resultado demonstra a insatisfação popular com o desempenho dos vereadores da região nos últimos quatro anos.

– É efeito das ‘Câmaras do Silêncio’, porque uma boa parte dos vereadores se vende e não passa a fiscalizar e investigar o Executivo. Isso gera um desgaste para a Câmara. Em todas as cidades se reclama disso – explica Professor Chicão.