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Política

​Caldeirão político já ferve em Cabo Frio

​Pré-candidatos já se movimentam em busca de apoios e alianças partidárias para eleições de 2020

12 agosto 2019 - 21h43Por Redação I Foto: divulgação
​Caldeirão político já ferve em Cabo Frio

A pouco mais de um ano do início da campanha em Cabo Frio, as articulações com vistas ao pleito municipal de 2020 estão a todo vapor. Muitos nomes que estão cotados como pré-candidatos não falam abertamente da pretensão; outros se assumem na posição, mas praticamente todos articulam-se nos bastidores na busca de apoios e alianças que ajudem a garantir mais tempo de TV e um maior número de palanques.
Pelo menos dois movimentos fizeram bastante barulho no tabuleiro de xadrez político-eleitoral cabofriense. No fim de semana, o prefeito Adriano Moreno assinou a ficha de filiação ao Democratas (DEM), em solenidade com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.
Antes reticente a assumir a condição de pré-candidato, o prefeito já admite para a Folha que será postulante à reeleição no ano que vem. A própria escolha por um partido de maior musculatura estadual e nacional confirma isso, apesar disso sinalizar de forma definitiva para um governo de orientação conservadora. Para completar, a Rede, seu antigo partido, não atingiu a cláusula de desempenho e ficou sem tempo de propaganda nem fundo partidário. 


A filiação teve as impressões digitais de assessores diretos, como o ex-secretário de Fazenda, Antônio Carlos Nascimento ‘Cati’ Vieira, e do coordenador de Eventos, Clóvis Barbosa, que controlam o DEM na cidade.


“Em um momento tão difícil, que a crise econômica prejudica milhões de brasileiros, creio que apenas a união entre pessoas que buscam dias melhores e que deixam o pessimismo no passado, fará nossa cidade, estado e país voltarem a crescer e se desenvolver”, postou Adriano em suas redes sociais.


Com dificuldade para fazer o governo decolar, o prefeito vê crescer a sombra dos adversários. Na semana passada, o deputado estadual Serginho Azevedo (PSL) conseguiu o apoio do PSC, partido até então controlado no município pelo vereador Jefferson Vidal. O acordo foi fechado ‘por cima’, isto é, após conversas com o governador Wilson Witzel e com o presidente nacional do partido, Pastor Everaldo, que foi candidato à Presidência da República no ano passado. De acordo com Serginho, seu arco de alianças já conta com siglas confirmadas e não deve parar por aí.


– A gente faz política o tempo todo. Em Cabo Frio, estamos irmanados com o PSC; com o PSDC; com o PL, que é o antigo PR; com o PRTB. E a gente continua conversando com as outras siglas. Se hoje, o PSC caminha com o PSL é por conta do governador e do Pastor Everaldo – disse Serginho.


Também pré-candidato assumido, Jefferson disse que prepara a saída do PSC, possivelmente para o Avante, que é um dos quatro partidos com os quais conversa no momento com vistas ao ano que vem. Ele afirma que 70 filiados ao PSC atualmente devem seguir o mesmo que ele, que pretende “fazer quatro vereadores”. Apesar do otimismo, ele não escondeu a mágoa e criticou a forma como aconteceu o acordo entre PSC e PSL.


– Ninguém gosta de perder, muito menos eu. Quando o governador ainda tinha apenas 1% nas pesquisas, eu fui o único vereador a apoiá-lo. Não houve briga na [Executiva] estadual e na nacional, só que o acordo foi golpe. Me chamaram para conversar, eu disse que não e tomaram a decisão – dispara.


Embora com vários quadros no governo Adriano, o grupo político do ex-prefeito Marquinho Mendes também se movimenta. Atualmente inelegível por decisão da Justiça e por reprovação de contas na Câmara, Marquinho insiste no discurso de que será candidato, à espera de uma liminar ou outro instrumento jurídico. Caso não consiga, os nomes apontados são os do presidente da Câmara, Luis Geraldo (PRB); do seu colega de Legislativo, Aquiles Barreto (SD) e até da mulher, Kamila Mendes.


No campo dito progressista, a expectativa é com relação ao movimento do vereador Rafael Peçanha, atualmente no PDT que, no entanto, deve lançar o ex-prefeito José Bonifácio. Embora não confirme a saída do partido, já cogitaram a ida de Rafael para outras siglas como PSB e PV. A reportagem tentou entrar em contato com ambos para questionar a respeito de uma possível aliança entre eles, mas Bonifácio estava em compromisso partidário no Rio e Peçanha, com o telefone desligado.


(*) O espaço do jornal está aberto para os pré-candidatos que quiserem entrar em contato e deixar explícita essa condição.